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Exatos nove anos depois, o músico e escritor porto-alegrense Duca Leindecker retorna à Feira do Livro de Santa Maria. Dessa vez, para abrir o espaço Livro Livre da 50ª edição do evento. Duca foi integrante dos grupos musicais Cidadão Quem, Bandalieira e Pouca Vogal e também é autor de três livros, como o best-seller "A Casa da Esquina", de 1999, onde aborda questões como a infância, a família e a perda. No Livro Livre, falou sobre literatura, música, ambição profissional, a morte do pai, a relação com o filho, e respondeu perguntas da plateia, que lotou o Theatro Treze de Maio na noite de domingo (30).
Carismático, o artista já abriu o bate-papo pedindo um grito coletivo dos presentes, que logo corresponderam, em uma energia que permaneceu até o fim da conversa. Sobre literatura, Duca falou que o primeiro livro que leu foi "O Retrato de Dorian Grey", clássico do irlandês Oscar Wilde. Já a obra que está finalizando atualmente, a qual fortemente recomendou ao público, é "Sapiens: Uma breve história da humanidade", de Yuval Noah Harari.
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No público, estava a psicóloga santa-mariense Paula Biazus, de 32 anos. Ela é fã de Duca há muito tempo e sempre prestigia o artista em suas passagens por Santa Maria. Ela inclusive sempre leva chocolate sem açúcar para ele, o preferido. Para Paula, há um encontro de almas entre os dois.
– Há 18 anos, a Cidadão Quem estava fazendo uma sessão de autógrafos perto de minha escola. Consegui escapar e ir lá pegar assinaturas nos meus CDs. Desde então, vinha acompanhando os membros do grupo e também se tornou tradição levar o chocolate. Muito do que o Duca trouxe hoje sobre música, literatura e sobre o que tocou ele de alguma forma, também cruzou com os caminhos que tive na minha vida. A música e arte permitem isso – conta a psicóloga.
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É claro que não podia faltar música. Para encerrar o bate-papo, passado das 20h, Duca tocou quatro músicas ao violão, atendendo a pedidos do público. As escolhidas foram as atemporais "Pinhal", "Girassóis", "Dia Especial" e "O Amanhã Colorido", entoadas em uníssono pelos presentes.
Ao fim do Livro Livre, Duca Leindecker recebeu a equipe do Diário para um bate-papo descontraído no camarim. Ele falou que a sua relação com Santa Maria é bastante longa:
– Eu vinha para cá já desde a época da Bandaliera, depois com a "Cidadão", "Pouca" e depois solo. Nunca deixamos de passar. É uma cidade super jovem, universitária, que tem uma efervescência cultural muito grande. É sempre bom voltar.
Sobre o convite para participar de feiras literárias pelo Brasil, como a de Santa Maria, o porto-alegrense diz que é um privilégio.
– Nunca imaginava que fosse ter uma carreira como escritor. Tenho três livros lançados, que são adotados nas escolas e nas universidades, então acabou tendo uma consistência. É um prazer, como sou muito tagarela, é muito bom conversar e ver o que as pessoas têm a dizer sobre minha obra.
Ao ser perguntado sobre, mesmo depois de um tempo, ainda ver o público emocionado quando canta clássicos da carreira, Duca diz que o sentimento é de gratidão:
– Quando a música sobrevive, é a melhor coisa. O compositor não deseja algo diferente. Tem músicas ali de 20 anos atrás e sempre são muito pedidas pelo público e regravadas por outros artistas até hoje. Isso também é um grande privilégio.
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O artista não ficará muito tempo longe da Cidade Cultura. Duca Leindecker retorna a Santa Maria para um show no mesmo Treze de Maio no dia 15 de junho. Segundo ele, a turnê "Pedidos" é um retorno àquela casa da esquina, para os seus 11 anos, quando tocava o violão do avô, o mesmo que, reformado, atenderá a pedidos musicais do público e dele também.
O Livro Livre da 50ª edição da Feira do Livro de Santa Maria recebe ainda outros sete bate-papos, com nomes como Ailton Krenak, Natália Borges Polesso e os portugueses Afonso Cruz e Pedro Lamares. O espaço é sempre às 19h, no Theatro Treze de Maio. Os ingressos, gratuitos, ficam disponíveis um dia antes na bilheteria.