bate-papo

Escritora Natália Borges Polesso encerra o espaço "Livro Livre" da 50ª Feira do Livro

Fotos: Nathália Schneider

Uma vencedora de dois prêmios Jabuti, honraria máxima da literatura no Brasil, foi a responsável por encerrar com chave de ouro a programação do "Livro Livre", um dos principais espaços da 50ª Feira do Livro de Santa Maria. A escritora e tradutora gaúcha Natália Borges Polesso participou do descontraído bate-papo no Theatro Treze de Maio na noite de sexta-feira (12). 

Por mais de uma hora, Polesso falou sobre sua obra, suas narrativas, o mercado editorial, os desafios de ser escritora e também respondeu perguntas do grande público que esteve no Treze. A escritora disse estar muito contente em participar da edição comemorativa da Feira do Livro de Santa Maria:

–  É muito bom poder falar com o público sobre modos de fazer literatura e também sobre a importância de eventos como esse. O Rio Grande do Sul tem uma bela história com feiras do livro e eu gosto muito de estar nesses espaços. 


Em 2017, Polesso foi incluída na lista Bogotá39, que reúne os 39 escritores mais destacados da América Latina. Em 2019 lançou seu primeiro romance, Controle. Recentemente, a escritora e tradutora publicou A Extinção das Abelhas (2021), onde fala de um mundo em colapso, e o infantil Formiguinhas (2022).

As homoafetividades estão em foco na obra de Polesso. Todos os protagonistas dos livros dela são pessoas LGBT+, com destaque para as histórias de mulheres que amam mulheres. Para a escritora, é importante que a comunidade faça parte das mais diversas narrativas.

– Acho importante a gente falar desses afetos e para além de uma perspectiva romântica também. Falar sobre estar no mundo. Literatura é sobre isso, não é? Sobre os modos de estar no mundo. Pensar sobre isso me faz querer viver e escrever cada vez mais – finaliza.

O escritor e livreiro Felipe Nunes estava entre os fãs de Polesso na plateia. Ele conheceu o trabalho da escritora por meio de uma amiga, que o presenteou com o livro Controle. Foi paixão à primeira leitura.

– A escrita dela é muito crua, mas muito poética ao mesmo tempo. Eu também achei tão original as intersecções com músicas ao longo do livro sabe eu fiquei muito tocado por toda a jornada da protagonista da história. 



Felipe estava emocionado em poder participar do espaço "Livro Livre". Ele conta que se preparou para o evento desde que soube que Natália Borges Polesso estaria em Santa Maria.

– Espero conseguir falar alguma coisa do que eu sinto sobre a escrita dela sobre ela. Enquanto uma pessoa gay, eu sempre me sinto muito tocado por narrativas com as que ela escreve. E ela também me apresentou muito de literatura sáfica que é uma coisa que eu não li tanto. A partir dela, eu conheci outras grandes autoras, como a Clara Alves, por exemplo. Precisamos de mais autoras assim. Também é muito bom porque ela é rio-grandense, então ela também traz essa representatividade de uma literatura daqui, é perfeito – finaliza Felipe.


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