Foto: Renan Mattos (Diário)
Vai além do domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Alfabetizar diante da complexidade individual e humana pode ser antes um gesto de coletividade. Pelo menos, é para a professora Maria Rita Py Dutra, que desenvolve atividades a um grupo de mulheres na região sul de Santa Maria, e para Ana Cassiane Rodrigues Maia, uma menina de 11 anos que, ao ver os amiguinhos do Bairro Caturrita sem aulas por conta da pandemia, escorou um quadro em um muro e improvisou aulas ao ar livre. O Diário mostrou a história no ano passado e ganhou repercussão, e as crianças ganharam classes, cadeiras e material escolar vindos de toda parte. É o que também espera conseguir Raiany Silva, 25 anos. Estudante de Artes Visuais, ela também integra a comissão de educação da Vila Resistência e tem articulado ações para que, a partir de 2022, mais pessoas daquela comunidade tenham a oportunidade de ser alfabetizadas.
Embora prefeitura disponha de sólidos programas de alfabetização e tenha oferecido ferramentas de ensino remoto durante a pandemia, não soube informar o percentual de analfabetismo no município. São do IBGE os dados que apontam para 3% da população não alfabetizada quando a cidade ainda contava com 261 mil habitantes, já que o último Censo Demográfico é de 2010. Hoje, são 285 mil habitantes.
O percentual de Santa Maria pode ser considerado baixo quando comparado a outras cidades. A taxa de analfabetismo do país é de 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ou seja, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos.
Interpretar essas estatísticas e reverter em bons resultados é um desafio que Gabriel Corrêa, líder de Políticas Educacionais da organização Todos Pela Educação, insiste. Para o educador, é necessário melhor articulação entre municípios, Estados e governo federal. Apostar da estrutura das escolas e na capacitação de professores competentes, como Lígia Vaccari da Silva, que se reinventou para ensinar os alunos da Escola Municipal Hylda Vasconcellos em plena pandemia, devem se somar em exemplos:
- Inciativas individualizadas de pessoas da sociedade são muito importantes, mas é possível fazer isso via política pública nas escolas. Pela ausência de ações de governos municipais, estaduais e do governo federal para apoiar escolas e professores no processo de alfabetização, quem paga a conta são as crianças que não são alfabetizadas no começo da sua trajetória escolar.
Esta reportagem celebra o Dia Mundial da Alfabetização, o dia 8 de setembro, aponta índices de analfabetismo na cidade e no país, ouve especialista que sugere onde é preciso avançar. Também mostra iniciativas que extrapolam o mero letramento fazendo jus ao legado Paulo Freire, um dos mentores da alfabetização no país, que defendia, pois, a alfabetização de sujeitos portadores de conhecimento, da aprendizagem a partir das experiências, do diálogo, da leitura do mundo e na construção de significados.
VIVÊNCIAS COMPARTILHADAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Foto: Pedro Piegas (Diário)
Decodificar palavras escritas em quase quatro décadas de vida nunca fez tanta falta quanto no momento em que a dona de casa Clarice Silva dos Santos, 36 anos, teve de acompanhar a filha Maísa Santos, 8 anos, a ler e escrever. Se ao longo da vida, a vontade de alfabetizar-se foi preterida e praticamente silenciada, a maternidade e a ajuda de uma experiente professora provaram o contrário:
- Eu tinha vergonha de ler e escrever. Até fui avançando dois, três anos até abandonar a escola, mas ficava quieta e nunca consegui entender. Passei a vida pedindo para meu marido ou alguém ler as coisas para mim. Até que a minha guria de 8 anos começou a me pedir ajuda e eu quis ajudar. Daí, a professora Maria Rita apareceu e mudou tudo. Ela ensina de um jeito que dá vontade de aprender. Já consigo pegar o ônibus e ler rótulos de produtos - relata Clarice, que já faz a leitura de palavras depois de quatro aulas.
As aulas, as quais a dona de casa se refere, partiram de uma iniciativa da escritora e professora Maria Rita Py Dutra, 73 anos, sendo mais de 30 dedicados à alfabetizar pessoas de todas as idades.
Toda semana, ela se dispõem em atravessar a cidade e ir até o Bairro Lorenzi, na Região Sul para ensinar letras e reafirmar valores à Clarice e outras 11 mulheres adultas. Todas integram a Associação Rosas de Março. As atividades ocorrem na casa da presidente da associação, Elisângela Rodrigues de Deus, 38 anos, ou em qualquer espaço que permita abrir livros e espalhar recortes e um colorido alfabeto em TNT. Na última segunda-feira, a aula no pátio de Clarice.
Foto: Pedro Piegas (Diário)
Mais do que o processo denominado lectoescrita, a professora preza por explorar o mundo daquelas mulheres por meio de poemas, de exemplos cotidianos e de autovalorização. Durante as aulas, são feitas rodas de conversa e jogos. Os assuntos são os mais variados, desde a filosofia do educador Paulo Freire a receitas culinárias das próprias alunas.
- Vejo ansiedade das mães querendo ajudar os filhos, mas não tendo condições, principalmente por uma baixa autoestima. Comecei a falar dos temas da associação, de negritude, de ser mulher através de poesias e do dia a dia delas. Exemplifico: "m de mulher", "r de rosa". Não é decoreba, é compreender o que estão fazendo, sem medo de errar. Elas diziam: "não sei ler". E eu corrigia: claro que sabem, vocês sabem ler o mundo. Isso é autonomia intelectual.
A associação Rosas de Março não conta com verbas ou recursos próprios e desenvolve ações sociais como a arrecadação de material escolar e produção de refeições aos moradores do Bairro Lorenzi. Para ajudar basta contatar os telefones (55) 3221-2682 e (55) 99151-1540.
Foto: Pedro Piegas (Diário)
Índices de analfabetismo em Santa Maria*
- Conforme números do Censo Demográfico do IBGE, a população não-alfabetizada de Santa Maria é de cerca de 7,8 mil pessoas. Contudo, o último levantamento foi realizado ainda em 2010, quando a população da cidade era de 261.031 habitantes. Atualmente, o município tem 285.159. A Secretaria Extraordinária de Comunicação informou que não dispõe do percentual de alfabetização em Santa Maria.
*Para pessoas de 10 anos ou mais
ENSINO REMOTO E TECNOLOGIA
Desde de 2020, escolas da rede pública municipal de Santa Maria têm a opção de recursos digitais para potencializar o processo de alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Conforme a prefeitura , por meio da Secretaria de Educação (Smed), entre as ações, está a aquisição da plataforma Aprimora, um recurso digital que promove o engajamento das crianças na aprendizagem da leitura e escrita, de modo adaptativo e gamificado (atividade que contenha elementos do pensamento de jogos). O objetivo do sistema é envolver o estudante no processo de aprendizagem respeitando o ritmo de cada um.
Outra ferramenta que é utilizada pela Rede Municipal de Ensino é o Mangahigh, uma plataforma de alfabetização matemática que oferece a gamificação como processo de aprendizagem.
Para jovens e adultos
No que se refere à alfabetização de adultos, a Smed, por meio da Gestão Pedagógica, apresentou uma nova proposta de Alfabetização de Jovens e Adultos. Segundo a prefeitura, a iniciativa tem por premissa proporcionar espaços e tempos de formação e alfabetização a partir de uma perspectiva, compreendendo os sujeitos em sua dimensão sócio-histórico-cultural, com conhecimentos e experiências acumuladas, fomentando, assim, a concepção de mundo e de si mesmo.
O Polo Educacional de Jovens e Adultos (PEJA), com sede no Programa Municipal de Atendimento Especializado (Praem), atende, enquanto projeto piloto, 12 estudantes entre 18 e 65 anos.
O projeto teve início em agosto deste ano e tem como objetivo promover a superação do analfabetismo, bem como reduzir a taxa de analfabetismo funcional entre jovens, adultos e idosos, além de contribuir para a formação cidadã, por meio de uma prática pedagógica que possibilite a interlocução com o mundo do trabalho, com incentivo à participação social ativa e crítica.
QUANDO ELES SE APODERAM DA ESCRITA, O MUNDO DELES SE ABRE", DIZ A PROFESSORA LÍGIA
Foto: Renan Mattos (Diário)
Ela reencontra ex-alunos de anos atrás e diz lembrar do processo de alfabetização de cada um. Há 13 anos, Lígia Vaccari da Silva, 37 anos, dedica a vida a ensinar. Formada em pedagogia com especialização em Educação Especial, o foco de Lígia tem sido a alfabetização nos últimos quatro anos. Porém, nenhuma faculdade ensinou "o que fazer" diante de uma pandemia que afastou professores de alunos e virou ao avesso as rotinas escolares. Na Escola Municipal Hylda Vasconcellos, no Bairro Campestre do Menino Deus, não foi diferente. A diferença, aliás, é que lá, tem a professora Lígia, a diretora Juliana Durand de Oliveira Campos e a colaboração de uma comunidade inteira.
Acostumada a ter cerca de 20 alunos em sala de aula, desde o ano passado, Lígia teve de ensinar a leitura, a escrita, e, sobretudo, o conhecimento de forma remota, a maioria por meios de telas de computadores e celulares. Foi somente na metade de julho que os estudantes retornaram à escola no sistema híbrido: uma vez por semana e em turma de seis crianças. As tarefas, contudo, seguem sendo enviadas para quem está em casa, seja por opção dos pais ou respeitando a rotatividade presencial.
- Eu enviava as atividades para casa, fazia brincadeiras partindo da realidade deles e contando muito com a ajuda das famílias para saber o que estava funcionando ou não e no que tinha que melhorar. A gente não atinge 100% nunca, nem no presencial, mas a maioria está alfabetizada, e a gente não desiste nunca de cada um deles - conta a professora, referindo que há alunos com limitações estruturais, o que também exige adaptação.
Foto: Renan Mattos (Diário)
Conforme Lígia, alguns que não tem wi-fi usam os dados móveis do celular e, por isso, é preciso fazer vídeos curtos. Se mandar um vídeo longo, só consegue acompanhar a atividade por uma semana e, depois, só no outro mês, na renovação do pacote de internet. E tem aqueles que não têm acesso à internet. Neste caso, os pais buscam os materiais impressos e precisam participar efetivamente do processo de alfabetização de forma conjunta.
_ Na sala de aula temos a classe, o professor, o quadro. Em casa, tem o livro, a televisão, o telefone, os brinquedos, o irmão correndo, a mãe cozinhando e a criança aprendendo a ler e a escrever.
Além de aprender e ensinar, principalmente com novas plataformas digitais disponibilizadas pela rede municipal de ensino, o maior desafio segue o de fazer com que as crianças desenvolvam a consciência crítica além de decodificar palavras:
- É por isso que eu insisto no livro e digo para eles: vocês só aprendem a ler, lendo, e falo de ler o mundo. Eu amo, eu vibro, eu me emociono quando eles, encantados, conseguem ler uma palavra dizendo: "profe é tal", e quando ouço relato dos pais que contam que as crianças estão lendo placas, outdoors ou escrevendo. É lindo participar deste processo, pois quando eles se apoderam da escrita, o mundo deles se abre.
Adaptações e novos jeitos de aprender em plena pandemia
Mesmo sem estar sentado nos bancos escolares há pelo menos um ano e meio, Braian Cezar Guerra de Souza, 8 anos, recebeu uma avaliação na última semana com o parecer: alfabetizado. Conforme a mãe do menino, a dona de casa Síria Helen da Silva Cezar, 41 anos, é uma opção da família mantê-lo no ensino remoto até o final deste ano por questões de segurança. A decisão, porém, não limitou o menino de aprender. Há poucos dias, Braian conseguiu até escrever uma cartinha onde juntou letras e expressou "saudade da professora Lígia".
Foto: Renan Mattos (Diário)
- No início foi mais difícil, pois ele queria ver os colegas. Aí, explicamos para ele o que estava acontecendo e ele foi entendendo. A professora também é ótima, envia fotos, materiais didáticos atraentes, leva histórias em que o personagem é o coronavírus. Ela se vira para dar atenção a cada aluno presencial e aos que estão em casa, tanto que o Brian já está escrevendo e lendo tudo que vê - conta a mãe.
ENTREVISTA
"SEMPRE QUE FALAMOS EM MELHORIAS NA EDUCAÇÃO, ESTAMOS FALANDO EM ESCOLA PÚBLICA"
Em entrevista ao Diário, na última quinta-feira, Gabriel Corrêa, líder de Políticas Educacionais da organização Todos Pela Educação, falou sobre os desafios da alfabetização em escala nacional e dos efeitos da pandemia no processo de aprendizagem.
Corrêa é graduado e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas. Também foi consultor temporário na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e atua na Todos Pela Educação desde 2017.
Diário de Santa Maria - Quais são os principais aspectos em que é preciso avançar quando se pensa em alfabetização?
Gabriel Corrêa - O entendimento de alfabetização no Brasil, apesar de ter tido avanços importantes, ainda é uma tragédia silenciosa das redes públicas de ensino do país. Uma parcela alta dos alunos brasileiros termina o 2º e, às vezes, o 3º ano do Ensino Fundamental sem ter níveis adequados de alfabetização. Isso vale para leitura, escrita, matemática e competências básicas, que são fundamentais para que aprendam outros conhecimentos das etapas seguintes da educação. O grande problema educacional que temos hoje começa nos primeiros anos, na etapa da alfabetização, quando essa não é bem-feita.
Diário - E por que isso acontece?
Corrêa - Acontece pela ausência de políticas públicas, ou seja, pela ausência de ações de governos municipais, estaduais e federal para apoiar escolas e professores. Quem paga a conta são as crianças que não são alfabetizadas no começo da sua trajetória escolar. Estamos falando de formação e condições de trabalho aos professores, de materiais pedagógicos, de metodologias adequadas e de escolas com boa estrutura. São todos esses elementos de um sistema educacional que precisam ser vistos para melhorar a qualidade das escolas e os resultados na alfabetização.
Diário - E as lacunas da alfabetização refletem além da sala de aula...
Corrêa - Um adulto não alfabetizado não tem uma liberdade plena e tem muita dificuldade de se inserir na sociedade. Seja na vida cotidiana, por não saber o ler e escrever, seja no mercado de trabalho. São adultos que tendem ao subemprego e ao desemprego frequentemente. As lacunas prejudicam a dimensão escolar e a emancipação, a vida cidadã.
Diário - Em 2020 e 2021, o país e o mundo foram atravessados por uma pandemia. Atividades foram interrompidas, aulas remotas e modelos de ensino tiveram de ser adaptados. Como o processo de alfabetização sofreu esses impactos?
Corrêa - É importante pensar naqueles alunos que, no começo de 2020, estavam no 1º ano do Ensino Fundamental, iniciando o ciclo de alfabetização e, agora, estão prestes a ir para o 3º ano, depois de um ano e meio de escola fechada, sem nenhum contato com seus professores. Muitas crianças podem não ter aprendido, não ter se desenvolvido ou até regredido e estão retornando a um nível diferente de como o ensino funcionava há um ano e meio. Especialmente essa fase é muito crítica e difícil de educar no modelo de ensino remoto, que sofreu muito durante a pandemia. É preciso que as escolas deem muita atenção a esses alunos neste retorno. Não adianta achar que foram alfabetizados e ensinar conteúdos mais avançados. Programas de recuperação de conhecimento serão muito importantes. Os professores já enfrentavam diferenças nos níveis de alfabetização entre os alunos na mesma sala, o que é complexo, e a pandemia aprofundou isso. Os professores terão desafios imensos tendo que trabalhar com alguns alunos de 3º e 4º ano do Ensino Fundamental, que praticamente não foram alfabetizados. É uma situação crítica que vai demandar bastante do poder público e de toda sociedade.
Diário - O que é importante esclarecer quando falamos em analfabetismo funcional?
Corrêa - O processo de alfabetização não está completo quando o indivíduo apenas consegue ler palavras sem compreendê-las. Analfabeto funcional são aquelas pessoas que conseguem juntar as letras, mas sem interpretar os significados.
Diário - Que aspectos regionais e bons exemplos de projetos podemos destacar em nível nacional?
Corrêa - Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb ) do Ministério da Educação, em 2019, mostram que o Rio Grande Sul está acima da média no Brasil, mas é menor entre os outros Estados da Região Sul (Paraná e Santa Catarina) em relação à alfabetização. Queria dar ênfase ao Ceará, que é um dos Estados mais pobres e tem os melhores resultados de alfabetização do país. Se compararmos, o RS tem níveis socioeconômicos melhores que o Ceará, mas piores em alfabetização. Isso se deve, principalmente, a uma política pública chamada Programa de Alfabetização na Idade Certa, que tem sido implementada nos últimos 15 anos. Lá, o governo estadual apoia os municípios para terem currículo, escolherem diretores de escola, acessarem bons materiais e fazerem boas avaliações. Os resultados são impressionantes.
Diário - E iniciativas que não sejam voltadas apenas para crianças?
Corrêa - Quero destacar que é possível, via política pública, ampliar a formação para todas as idades. A modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) oferece formação para pessoas adultas que não concluíram a educação básica. Porém, a EJA vira e mexe é esquecida pelo poder público e muitos governos dão pouquíssima relevância.
Diário - Conforme o indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf), em 2018, apenas um terço dos brasileiros negros entre 15 e 64 anos têm alfabetismo consolidado. Esses dados seguem atualizados?
Corrêa - Seguem. Isso é reflexo de um descaso histórico do país, especialmente com a população mais pobre, preta e parda, o que aumenta a urgência e a importância de reforçar a EJA e resolver o problema do começo do Ensino Fundamental para que a situação não replique aos longo dos próximos anos. O Brasil tem 81% dos alunos em escolas públicas e apenas 19% em particulares. E sempre que falamos em melhorias na educação e em qualidade em escala para atender a população como um todo, estamos falando em escola pública. Precisamos entender que por mais que os municípios sejam os principais responsáveis pelas políticas de alfabetização, os governos estaduais e federal têm muito a fazer. Temos de parar com a visão de achar que uma criança em fase de alfabetização não é responsabilidade do governador ou do presidente. Articular melhor as políticas é importante para que essa pauta avance. Precisamos investir e melhorar a gestão. E tem jeito. Está aí o caso do Ceará para nos provar isso e nos inspirar.
TODOS PELA EDUCAÇÃO
- É uma organização da sociedade civil que busca melhorar a qualidade da Educação Básica no Brasil. Sem fins lucrativos, não governamental e sem ligação com partidos políticos, é financiada por recursos privados e foi fundada em 6 de setembro de 2006, no Museu do Ipiranga, em São Paulo