Foto: Renan Mattos (Diário)
Por ter pelagem curta, o gato Josué Alfredo só precisa de escovação. As orelhas também passam por higienização frequente
De pelos curtos e branquinhos, o gato Josué Alfredo está dispensado do banho. Por se tratar de um bichinho com pelagem curta, as próprias lambidas diárias dão conta da higienização. Eventualmente, os tutores Elizandra e Ian Tambara precisam levar o bichano para a tosa, mas somente quando o pelo cresce além da conta. Assim, a água está descartada.
Já a higienização das orelhas precisa ser feita com frequência para evitar contaminações, conforme conta Elizandra:
- Quando minha prima encontrou o Alfredo, ele estava abandonado e com pontinhos pretos nas orelhas. Mais tarde, ele foi diagnosticado com carcinoma e precisou passar por uma cirurgia para retirar as orelhinhas. Por isso, o local precisa de cuidados especiais para não acumular secreções ou pelos em volta.
SABÃO OU TESOURA?
Para felinos de pelagem curta, atitudes como a da família Tambara são aprovadas. O veterinário Pedro Horta, de São Paulo, um dos principais especialistas em felinos do país, é categórico ao afirmar que não recomenda banhos cosméticos (quando não há indicação médica) para gatos. Ele explica que, além de a maioria dos felinos ficar estressada em contato com a água, o banho tira os feromônios da pele. Essas substâncias químicas são produzidas pelo próprio corpo e estão relacionadas com a sensação de bem-estar e com a identidade do animal.
Para quem tem gatos de pelos muito longos, como os persas, o médico veterinário diz que a tosa pode ser uma alternativa ao banho. Água e xampu são recomendados apenas quando existe uma necessidade terapêutica, como tratar doenças de pele.
- A raça sphynx, por exemplo, é muito predisposta a ter seborreia, que é o excesso de oleosidade na pele - explica.
A veterinária Lia Nasi, de São Paulo, afirma que os felinos de pelos curtos dão conta da própria higiene se lambendo:
- Escovar a pelagem do bichano é uma maneira de evitar os banhos, especialmente em gatos de pelos longos. A prática previne fios embaraçados e formação de nós.
Ela explica que os felinos trocam de pelo duas vezes ao ano, entre setembro e outubro, e entre abril e maio, quando a escovação é ainda mais importante. Se for indicado o banho, Lia recomenda verificar o pet shop. Mas se o gato tem pelo curto, o próprio tutor pode tentar.
*Com informações Folhapress