Foto: Pedro Piegas
Quem chega na Sapataria Beckmann, em Santa Maria, é recepcionado por uma funcionária um tanto peculiar: a Dora. A cachorrinha sem raça definida é a primeira a chegar no balcão quando entra algum cliente no estabelecimento e, em vez de anotar os pedidos, vai sem cerimônia pedindo carinho.
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A dora foi adotada pela família há cerca de cinco meses. Como a casa onde elas moram fica no mesmo terreno da sapataria, na Rua Coronel Niederauer, ela costuma passar o horário comercial ao lado das irmãs Rita e Adriana Beckmanne da mãe Theolina Knies. Nos finais de semana, como o estabelecimento fica fechado, ela passa as tardes na janela da frente da casa porque sente saudade de todo o movimento e faz festa com quem passa pela calçada.
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- Nós sempre gostamos de animais. A gente tinha o Horácio, que era um gato que adorava ficar aqui na sapataria. Depois que ele morreu, a gente sentia muita falta e ganhamos a Dora. Ela acabou cativando todo mundo, inclusive os clientes. Onde a gente está ela fica junto. Os horários de abrir e fechar ela já sabe, é só pegar a chave que ela vem junto - conta Rita.
Foto: Pedro Piegas
Adriana, Theolina e Rita (da esquerda para direita) junto com a Dora
Assim que um cliente entra pela porta, não importa onde nem o que a Dora está fazendo, ela corre para o balcão. Às vezes ela fica mais eufórica quando algum outro animal entra no estabelecimento, mas logo tudo acaba em festa. Quando ela não aparece por lá, na mesma hora muitos dos clientes perguntam pela cachorrinha.
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- Faz dez anos que eu venho aqui e agora com a Dora, que me trata com todo amor e carinho, dá vontade de vir todos os dias. A gente inventa o que arrumar para ser recebido por um funcionário como ela - conta Valdriane Porto, uma das clientes do local.
