A lição dos cães ferozes

Era uma vez... um rei que tinha 10 cães selvagens, e era muito bravo. Quando um servo cometia algum erro, ele mandava jogá-lo aos cães, para ser devorado. Um dia um dos servos mais fiéis cometeu um pequeno deslize e o rei imediatamente ordenou que fosse jogado aos cães. Em seu último desejo, o servo pediu só mais 10 dias de vida. O rei atendeu e mandou leva-lo à prisão. 

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No cárcere pediu aos guardas para preencher o tempo de vida que lhe restava, cuidando dos cães ferozes. Os guardas concordaram e o servo passou então a limpar o canil, a alimentar os cães, a dar-lhes banho e muito carinho. Passados os 10 dias o rei ordenou que o servo fosse trazido e jogado aos cães. E assim foi feito. 

No entanto, para surpresa de todos, os cães não atacaram o servo, e sim lhe encheram de carinho e afagos. Muito surpreso, e sem entender nada, o rei perguntou o que, afinal, havia acontecido com seus cães ferozes. O próprio servo respondeu: “Eu servi a estes cães por apenas 10 dias e eles não esqueceram. Já o senhor, meu rei, eu servi por 10 anos e o senhor esqueceu de tudo no meu primeiro erro”. O rei caiu em si e ordenou que libertassem o servo.


Esta história sugere uma reflexão sobre duas virtudes muito importantes: a gratidão e o perdão. Quantas vezes somos demasiadamente inflexíveis, rigorosos e até radicais com os outros e conosco mesmos. Por qualquer coisa julgamos e quase sempre condenamos, mesmo sem conhecer a situação por inteiro. Julgamos pela aparência, pela primeira versão e até pela primeira impressão. Li outro dia uma frase que diz o seguinte: “Escreveis as injúrias na areia, gravais os benefícios no mármore, depositais as lágrimas dos olhos nas ondas do mar e brindai as sereias”. Perdoar não é esquecer, mas superar uma mágoa, uma ofensa, livrar-se de um peso e evoluir espiritualmente.

 Agora e depois!


Risco de desmoronamento

A vida de uma cidade não está apenas na superfície, mas também no seu “porão”, no seu subsolo, ou seja, não apenas no que se vê, mas também naquilo que não se vê. Santa Maria é cortada por sangas, córregos, arroios visíveis e invisíveis. Volta e meia a superfície acaba desabando e mostrando o tamanho e a extensão desta vida subterrânea, determinando imediata intervenção do poder público. Só que nem sempre esta intervenção acontece com a necessária urgência. 

Seu Odilon Gasparetto, morador na Rua Comissário Justo,1631, zona central da cidade, é um exemplo disso. Sua propriedade já sofreu um desmoronamento tempos atrás, e o problema foi resolvido com a colocação de uma laje de concreto em cima da sanga (ou córrego, ou arroio) que vem de longe e desemboca no Cadena. Recentemente desmoronou mais uma parte de seu pátio, e por conta disso seu carro não pode ser removido da garagem.

Este não é o maior problema. Pior é o temor, a cada chuva, de comprometer ainda mais o terreno e a residência. O último pedido de providências à prefeitura foi feito em 1° de julho, protocolado com o número 1138. De lá para cá recebeu duas visitas, sem nenhuma solução. O que já é grave, pode ficar ainda pior.


Medicamentos em falta

Depois da falta de insulina, que a coluna levantou semana passada, e que foi amenizada com a chegada de algumas doses, agora é a vez do monitrato de isossorbida, usado por pacientes com problemas cardíacos. Usuário foi até a farmácia do município e recebeu a informação de que a remessa não veio. E não se sabe quando virá.


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Vicente Paulo Bisogno

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