Pontes: mais do que simples ligações

Ponte é algo que mexe muito com minha imaginação, seja pela sua função material ou pela sua dimensão imaterial. São obras de arte, pela definição técnica no âmbito da engenharia, mas são muito mais do que isso, nos campos infinitos da metafísica.

 
Quando decidi abordar este tema, me dei conta de que um dos filmes que mais me marcou, e que recomendo para quem ainda não assistiu, foi “As Pontes de Madison”, com o lendário Clint Eastwood. É uma comovente história de amor.

 

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Para não ir tão longe, o que quero falar é sobre a reconstrução de mais uma ponte, entre várias que já foram ou estão sendo reconstruídas depois das enchentes de maio, ligando Arroio do Meio e Lajeado. Esta ponte tinha um nome, “Resistência”, agora tem dois, o anterior e o novo: “Reconstrução”.

 
Ela não foi reconstruída num passe de mágica, mas na magia da decisão e da união. O resumo está no que disse Roberto Lucchese, diretor-presidente da construtora Lyall, que não quis só pedir ajuda aos governos, mas também a outros empresários e à comunidade: “Uma empresa não pode ter tanto sucesso e não conseguir resolver um problema da cidade. Não tem lógica ficar parado no escritório”.

 
A obra, que em condições normais levaria cem dias e custaria em torno de R$ 3 milhões para sua conclusão, foi feita em 15 dias, com custo de R$ 1,7 milhão. “Não é a ponte mais bonita, não é a melhor ponte, mas é uma ponte feita da forma mais rápida, e para ligar pessoas”, disse também.

 
Pontes ligam comunidades, transportam riquezas, alimentos, remédios para curar doentes, ligam quem produz e quem consome, mas fazem muito mais, levam vida e esperança quando as correntezas das incertezas da existência ameaçam nossas resistências.

 
Podem até, como nas “Pontes de Madison”, ligar passado e presente, trazendo lembranças que carregaremos para sempre. Agora e depois.


Segunda memória
A Avenida Rio Branco é a segunda memória de minha chegada a Santa Maria, no distante janeiro de 1962. A primeira é o burburinho de pessoas se cruzando pela Gare e da minha mãe me segurando tão forte pela mão que chegava a doer, para não me perder no meio daquela “multidão”. A Rio Branco será sempre para mim a maior e a mais bonita de todas as avenidas que já conheci. E já foram muitas. Esta importante via está mudando. Além do projeto da Construtora Jobim, dois investimentos de vulto deverão ocorrer também por ações da iniciativa privada. Uma dessas empresas é da área de crédito, e outra com atuação no setor cartorial. Quase no fim da avenida, as reformas já começaram.


Hora de comemorar
Comemoração dos 127 anos da Cacism tem data marcada. Será dia 27 de junho, a partir das 19h, no Hotel Itaimbé. Convites para o coquetel, no valor de R$ 130, podem ser adquiridos via PIX ou na secretaria da entidade. O Itaimbé, é oportuno lembrar, foi uma das muitas conquistas da Cacism, que sempre lutou pelo interesse de seus associados e pelo desenvolvimento de Santa Maria e da região.


Cadê a carta?
Este passeio pela memória da Avenida Rio Branco me trouxe boas lembranças, mas ao mesmo tempo uma boa dose de tristeza, pela forma como os espaços públicos e os símbolos históricos vem sendo (mal) tratados. Pensei reencontrar em seu devido lugar, por exemplo, a “Carta Testamento” de Getúlio Vargas, no canteiro próximo à Catedral, que sumiu há bastante tempo. Não está lá, assim como não estão as referências e devidas identificações de outros símbolos.


Falando em pontes...
Moradores da Vila União, Bairro Caturrita, estão isolados há algum tempo. Desde que a ponte caiu, os moradores vêm alertando a prefeitura, mas até agora o problema não foi resolvido. Além de não poderem sair de suas casas, a maior preocupação é sempre com a saúde de pessoas em idade avançada e que, além de perderem consultas, estão sujeitas a eventuais emergências.


Comunicação digital
Chegou em boa hora a providência tomada pela prefeitura de Santa Maria de disponibilizar o acesso gratuito a sinal de wi-fi em mais de 90 pontos da cidade. Garantir comunicação é sempre importante, principalmente depois dos estragos causados em função das enchentes.


Dessalinização da água chega ao Brasil
A partir de 2026, cerca de 8 mil moradores dos pontos mais remotos de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, poderão beber água do mar. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) publicou edital convocando empresas interessadas em construir no município a primeira usina de dessalinização do Estado. As informações são do do Estado de São Paulo. 


A usina deverá captar água do mar e produzir 30 litros por segundo de água potável para a população desta cidade-arquipélago, assentada sobre um conjunto de 19 ilhas e onde a água não chega em vários núcleos urbanos. A técnica é a mesma utilizada em Dubai e Israel. 


A vida continua, nesta e em outras dimensões!


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