
Foto: Samuel Marques (PMSM)/Divulgação
Ser gestor público não é tarefa fácil, embora muitos se lancem para essa jornada. Mas é em momentos difíceis, como os que os municípios da Região Central estão atravessando com famílias desabrigadas, estradas, pontes e calçamentos levados pela água, que a missão se torna ainda mais árdua.
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Moradores, que tiveram seus pertences – e alguns até as casas – adquiridos com muito trabalho arrastados pela força da água, pedem socorro. A estrutura das cidades danificadas também exige uma reconstrução rápida, mas não há recurso nos cofres municipais.
O prefeito de Jaguari, Igor Tambara (MDB), tem declarado, em suas entrevistas, que o importante é preservar as vidas – e de fato é – e que todos se levantarão, mesmo aqueles moradores que enfrentam a terceira enchente em pouco mais de 12 meses, como é o caso do seu município, que é cortado pelo Rio Jaguari. “Vamos reconstruir a cidade”, repete o jovem prefeito.
O prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo (PSDB) enfrenta seu primeiro grande revés desde que assumiu o Executivo, em 1º de janeiro de 2025, com as chuvas que atingem a cidade desde segunda-feira. Isso porque na enchente do ano passado, o comando das ações, embora o seu auxílio como vice, foi do então prefeito Jorge Pozzobom (PSDB).
Decimo tem percorrido os locais mais afetados em Santa Maria e esse é o papel de um prefeito: ver de perto a situação enfrentada pelos moradores e, claro, buscar soluções para o rastro de destruição deixado pelas enchentes. Só que as obras necessárias em virtude da chuvarada de 2024 não saíram, ainda, do papel, e um novo cenário de destruição se apresenta. Antes da enxurrada, Decimo já lidava com uma situação difícil: as finanças da prefeitura, que tendem se agravar diante do novo desafio.
Agora, ele vai precisar de muito mais recursos, que já eram escassos. Essas são as agruras de ser prefeito.