data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Nesta segunda-feira, às 8h15min, na sede do Sitracover (sindicato dos motoristas e cobradores), o Conselho Municipal de Transportes vai analisar os relatórios de conselheiros e votar a proposta de reajuste do preço da tarifa do transporte coletivo na cidade. A tarifa está em R$ 4,20 e pode subir para R$ 5,34 (alta de 27%), segundo a planilha de custos da prefeitura. Porém, os conselheiros podem apresentar propostas de valor diferentes ou até pedir a não concessão de reajuste.
A tendência é de aprovação do aumento, porém, caberá ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) a palavra final e autonomia para decretar o valor que achar mais adequado. Porém, se for muito abaixo do preço da planilha que a própria prefeitura calcula, depois o município acabará tendo de pagar a diferença em forma de indenização às empresas. Ele já deixou claro que acha R$ 5,34 um valor muito elevado e tende a baixar um pouco esse preço, se for aprovado pelo conselho. Talvez arredonde para R$ 5,30 ou até menos.
Tarifa pode subir mais de R$ 1 em Santa Maria
Segundo fontes, a prefeitura tentou alternativas para evitar o aumento, mas ficou insustentável manter o preço de R$ 4,20, que está congelado desde 2019. Claro que o ideal seria uma tarifa menor, na faixa de R$ 3, para incentivar mais pessoas a andar de ônibus. Porém, não é barato manter um serviço como esses, ainda mais diante de um cenário de queda gradual do número de usuários, o que foi agravado muito pela pandemia.
Nunca houve incentivo federal, estadual e municipal ao transporte coletivo no Brasil, o que fez o problema ir aumentando, com tarifas elevadas e queda do número de passageiros ano após ano. O setor, que já estava doente, entrou para a UTI com a pandemia, exigindo um socorro que veio por meio de pagamento milionário de indenização para bancar os prejuízos das empresas de Santa Maria.