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Supermercados Nacional: o fim de uma era

Supermercados Nacional: o fim de uma era

Foto:Revista da Agas

Uma das marcas de supermercados mais conhecidas e queridas pelos gaúchos está saindo de cena lentamente. Os supermercados Nacional, que nasceram em 1969 em Esteio e chegaram a ter 90 filiais pelo Estado no final dos anos 1990, estão encerrando as atividades neste semestre. Em Santa Maria, o único Nacional sobrevivente, na Avenida Medianeira, foi vendido no final do ano passado pelo Carrefour para a rede Super Nicolini, de Bagé.


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O grupo do Sul do Estado adquiriu 11 filiais do Nacional, em cidades como Santa Maria, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Bagé, Camaquã e Alegrete, e ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concretizar a compra e retirar a marca Nacional da fachada. A Super Nicolini garante que os 86 funcionários do Nacional da Medianeira que quiserem poderão seguir trabalhando. Vale lembrar que Santa Maria chegou a ter Nacional também na Rua Astrogildo de Azevedo, bem no Centro – local onde também funcionava antigamente a tradicional rede santa-mariense Trevisan, que encerrou as atividades nos anos 1990.


Quando o grupo francês Carrefour decidiu vender ou fechar o Nacional aqui no Estado, em 2024, havia 43 filiais. Segundo empresários do setor, não houve interessados em comprar boa parte dos mercados do Nacional porque vários deles funcionam em localizações não ideiais ou prédios pequenos, em que não valeria a pena investir. Também há casos em que outras redes com potencial interesse já têm mercados perto de onde existe um Nacional.


Aqui na região, São Gabriel é uma cidade onde o Carrefour não achou compradores e, segundo a imprensa da cidade, o Nacional, bem na praça central, está prestes a fechar as portas em definitivo.
Esse é só mais um exemplo de que a vida e o setor empresarial vivem de ciclos. Há 20 ou 30 anos, o Nacional tinha um nome forte em todo o Estado e ninguém imaginaria que um dia encerraria as atividades.


A história

Foto:Revista da Agas

O Nacional nasceu em Esteio com o nome de Armazém e Atacado Nacional de Secos e Molhados. Foi aberto em 1969 por Teodoro Pedrotti e pelos irmãos Edvino e Irineu Zagonel, originários de Garibaldi, onde os pais deles também tinham um comércio. Anos depois, abriram um supermercado em Sapucaia do Sul e foram se espalhando pela Região Metropolitana e pelo Estado. Em 1999, quando tinham 90 filiais e era a maior rede gaúcha, o Nacional foi comprado pelo grupo português Sonae, que já havia adquirido antes os mercados gaúchos BIG e Real. Depois, em 2005, a Sonae vendeu sua operação aqui no Estado, incluindo BIG e Nacional, para a rede norte-americana Wal-Mart.

 
Já em 2018, outra troca de mãos, quando o fundo dos EUA Advent Internacional (mesmo controlador do grupo de lojas Quero-Quero) comprou 80% das ações do Walmart Brasil e criou o Grupo BIG. Já em 2021, outra venda, quando o Carrefour Brasil, pertencente ao grupo francês, adquiriu o Grupo BIG em todo o país. O Cade exigiu que o Carrefour vendesse algumas lojas para evitar monopólio. Foi então que o Maxxi Atacado da Avenida Helvio Basso, que já teve no passado a bandeira Nacional, foi vendido ao grupo gaúcho Asun, que adotou ali a bandeira Leve Mais Atacado.

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