Deni Zolin

Polêsine instala réplicas dos dinossauros mais antigos do mundo

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Foto: Matione Sonego (Divulgação)/Na foto, as réplicas do Buriolestes schultzi (verde) e do Gnathovorax cabrerai (marrom), que viveram há 233 milhões de anos. Fósseis foram achados em Polêsine

A prefeitura de São João do Polêsine colocou recentemente, na praça da cidade, as réplicas de alguns dinossauros que viveram na região, há 233 milhões de anos, e foram encontrados onde hoje fica Polêsine. Depois da réplica no pórtico de Mata, essa é a segunda iniciativa de prefeituras da região para reforçar a importância histórica, cultural e econômica de que o Centro do Rio Grande do Sul é o local onde foram descobertos os mais antigos dinossauros do mundo.

Esse fato já era reconhecido no meio científico internacional, mas ganhou uma grande divulgação por meio da publicação recente do Guinness World Records, o livro dos recordes, que reconheceu esse recorde para a Formação rochosa Santa Maria, datada de 233 milhões de anos e que abrange uma faixa que vai de Mata até Venâncio Aires. Ou seja, abrange parte do território de municípios como São Pedro do Sul, Santa Maria e das cidades da Quarta Colônia, além de Candelária. Vale lembrar que o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa) da UFSM, instalado em São João do Polêsine, também se destaca pelas pesquisas e pela exposição de fósseis - no momento, não está aberto para visitação devido à pandemia.

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Segundo o prefeito de Polêsine, Matione Sonego, desde 2017 ele tinha essa ideia de construir as réplicas para valorizar esse histórico da região e explorar a questão turística. Só agora conseguiu tirar a ideia do papel. Foram investidos R$ 40 mil na construção das réplicas, em contratação feita por meio de licitação. Quem as esculpiu foi Mauro Flores Favero, de Mata. Sonego diz que ficou impressionado com a receptividade da população, pois a praça virou um ponto turístico das pessoas que param para tirar fotos com as réplicas de dinos. Uma das estátuas é de animais que não viveram na região.

- Ainda estamos fazendo paisagismo, que vai contar com flores, samambaias e tronco de árvores petrificadas. Vamos colocar também as placas de identificação. O Buriolestes schultzi e o Gnathovorax cabrerai foram encontrados em São João do Polêsine e estão entre os que entraram para o livro dos recordes, com mais de 233 milhões de anos. Desde que colocamos, estamos com grande público visitando e registrando, tirando fotos - destaca Sonego.

1º PASSO PARA CRIAR IDENTIDADE TURÍSTICA DO BERÇO DOS DINOSSAUROS

O presidente da Associação Sul Brasileira de Paleontologia, Ciro Cabreira, diz que esse tipo de iniciativa é um primeiro passo para valorizar a importância dos dinossauros da região.

- A iniciativa da prefeitura de São João do Polêsine é muito oportuna e bem-vinda para a região, há anos existe esta lacuna de não termos nenhuma réplica exposta externamente, que as pessoas possam visitar, tirar suas fotografias e fazer uma selfie. Enfim, somos o Berço dos Dinossauros, uma região extremamente importante onde surgiram estes animais no planeta. A somatória dos esforços dos municípios pode começar a trazer esta conscientização da importância dos nossos dinossauros e uma identidade turística para a região - diz Cabreira, citando que Agudo fará licitação para contratar a confecção de réplicas de dinossauros.

REGIÃO É ÚNICA NO MUNDO POR TER OS PRIMEIROS DINOS E PRECISA EXPLORAR ISSO

A prefeitura de São João do Polêsine está de parabéns por sair na frente e instalar essas réplicas de dinossauros. Agora, é fundamental que a região toda se una para organizar uma política de divulgação não só aqui no Estado, mas também fora daqui, para ir fixando na cabeça das pessoas a marca de que a Região Central do Rio Grande do Sul é o berço dos primeiros dinossauros do Planeta, sendo reconhecida por cientistas e pelo Guinness. Ao mesmo tempo, é fundamental planejar ações futuras como estruturação de passeios turísticos e novas atrações turísticas, além da criação de souvenirs e produtos com essa marca. As Termas Romanas, que vão atrair muitos turistas de outros Estados, podem ajudar a fortalecer o turismo paleontológico, pois ao vir conhecer a região, parte deles terá interesse em visitar locais onde forma achados os primeiros dinossauros do planeta, além de ir até o Cappa conhecer os fósseis.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação de Santa Maria, Ticiana Fontana, convidará para uma reunião os irmãos Ciro e Sergio Cabreira, que fazem parte do projeto DinOrigin - A Origem dos Dinossauros e que fizeram o pedido ao Guinness. A intenção é ver como será possível fortalecer o turismo paleontológico.

- A rota dos dinos está caindo de madura - diz Ticiana.

Ela defende que é preciso ter o envolvimento não só do poder público, mas da iniciativa privada para viabilizar atrações turísticas para explorar esse título dado pelo Guinness. Ticiana diz que está sendo criado um site para divulgação turística de Santa Maria, que terá também uma seção destinada aos dinossauros.

Muita gente gostaria de ir conhecer um sítio paleontológico num passeio guiado, desde que seja preservado. Há alguns deles dentro da cidade. Isso é ciência sendo disseminada e oportunidade de rendas e empregos.

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