Deni Zolin

Daer promete para 2024 a licitação para duplicar a Faixa Nova de Camobi

Daer promete para 2024 a licitação para duplicar a Faixa Nova de Camobi

Os motoristas que enfrentam congestionamentos na Faixa Nova (RSC-287), além da escuridão e do perigo à noite, clamam pela tão esperada duplicação. Depois de, em 2021, o trecho de 9 km ter ficado fora da concessão da RSC-287, que seria a esperança para a duplicação sair do papel, o governo do Estado começou a fazer, em 2022, o projeto para duplicar a estrada futuramente. Apesar do atraso, o projeto está na reta final e, agora, o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, promete para 2024 a licitação para a realizar a obra.​


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Segundo Faustino, a empresa Engemin, de Pinhais (PR), que venceu a licitação para fazer os projetos executivos, com detalhes de como deve ser a duplicação, tinha até setembro passado para entregar tudo pronto. Ele afirma que a empresa atrasou o cronograma e o Daer cogitou até rescindir o contrato:


– A Engemin estava atrasada, mas foi notificada pelo Daer e voltou a retomar o ritmo. Por essa melhora da empresa, o Daer concedeu aditivo de prazo até o início do ano que vem, senão o Daer iria rescindir o contrato.


Quando todos os projetos forem entregues, o Daer terá condições de saber quanto a obra vai custar. Isso dependerá, por exemplo, do número de viadutos necessários para resolver os problemas de trânsito ao longo dos 9 km da rodovia, entre o trevo da estação rodoviária e o trevo do aeroporto. A estimativa é que um quilômetro de duplicação custe de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, dependendo da quantidade de viadutos na obra. Ou seja, a Faixa Nova duplicada poderia custar entre R$ 90 milhões e R$ 180 milhões.


– Das interseções e viadutos, está sendo definido nesse momento. Nosso pessoal esteve em Santa Maria falando com com o prefeito Pozzobom e sua equipe, para eles conhecerem o projeto, porque é uma obra complexa que é para Santa Maria, para atender os anseios da comunidade. Com certeza, teremos dois ou três pontos onde vai ser necessário o viaduto ou a trincheira, onde passa a rua municipal por baixo da estrada, para atender a expectativa e o trânsito dessa obra, tão necessária – afirmou Faustino.



Segundo ele, a previsão é que, até janeiro de 2024, os projetos, como de terraplenagem, drenagem, iluminação e de viadutos, sejam entregues pela Engemin. Daí, o Daer saberá quanto custará a obra e buscará verbas.


– A partir daí, a gente vai buscar incluí-la no Orçamento do Daer para o ano que vem já, para poder licitar em 2024 a obra e, quem sabe, até começar (no ano que vem). Uma obra dessa importância, à medida que o projeto esteja pronto, com certeza o governador vai trabalhar para incluí-la no planejamento de obras – prometeu Faustino.


Não há prazo para concluir a obra.


Conclusão de outras obras deve "liberar" verbas para a Faixa Nova

Quanto às verbas, o diretor do Daer afirmou que ficará mais fácil conseguir os recursos para duplicar a Faixa Nova, porque em 2024, vão ser concluídos os asfaltamentos de várias rodovias na região e no Estado, abrindo espaço no Orçamento para incluir a obra de Santa Maria.


– A gente está em outra realidade. Esses investimentos extras que estamos colocando agora (R$ 540 milhões a mais liberados este mês para obras em rodovias estaduais) vão possibilitar que a gente conclua essas obras que estão em andamento e possibilite iniciar novas, como a duplicação da Faixa Nova de Camobi, que tanto a gente precisa – disse Luciano Faustino, que é formado pela UFSM.



Ciclovia e corredor de ônibus

Ao contrário da duplicação da Faixa Velha (ERS-509), a futura obra para duplicar a Faixa Nova de Camobi vai prever iluminação da rodovia. O diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, confirmou que a Faixa Nova terá também uma ciclovia. Quanto a um corredor de ônibus, para garantir acesso rápido à UFSM e aos bairros da região leste, Faustino disse que isso ainda está sendo avaliado.

 
– Sendo possível, nos interessa a colocar (corredor de ônibus). Um pedido feito pelo município foi de colocar uma ciclovia, e isso já foi incluído no projeto, pois vai integrar com outra ciclovia de uma avenida que vai chegar perto da UFSM – disse o diretor.


Se não for possível já construir o corredor de ônibus junto com a duplicação, cogita-se a hipótese de, pelo menos, deixar um canteiro central largo para futura construção desse corredor. Isso seria possível entre o trevo da rodoviária e o trevo de Pains, que é o acesso secundário ao campus da UFSM. Dali, os ônibus seguiriam pela estrada de Pains até o campus. Até porque, na Faixa Nova, perto do acesso principal à UFSM, haverá espaço restrito para a duplicação da rodovia e não haveria condições de fazer um corredor de ônibus.


– Para ano que vem, a previsão é que certamente a obra seja incluída no Orçamento e licitada. Uma obra transformadora, que vai deixar um legado muito grande para Santa Maria, e faremos de tudo para que ela saia. Vai ficar um projeto bacana e integrado às vias municipais. No futuro, a gente espera que Santa Maria seja transformada, como foi uma transformação com a Faixa Velha, que a gente duplicou e as pessoas nem lembram mais os problemas que tinham nessa rodovia e que hoje está funcionando perfeitamente – afirmou o diretor-geral do Daer.

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