Deni Zolin

83% dos minimercados gaúchos tiveram queda de faturamento na pandemia

Passado um ano do início da pandemia, apenas 16,9% estabelecimentos do segmento de minimercados afirmaram que registraram ganhos de receita no período na comparação do ano anterior, mesmo o setor tendo passado todo o período aberto já que é classificado como essencial. Os demais tiveram perdas significativas de receita, segundo os dados da Sondagem de Segmentos - Edição de Minimercados realizada pela Fecomércio-RS e divulgada na segunda. No total, foram realizadas 385 entrevistas em todo o Estado com estabelecimentos do Simples Nacional, de 26 de março a 15 de abril de 2021.

Para 21,3%, a queda de receita foi de 10% ou menos, enquanto para 33%, o faturamento caiu de 10% a 25%. Outros 20,3% dos minimercados entrevistados tiveram redução de 25% a 50% na receita, enquanto para 6,8%, de 50% a 75%. Além disso, 1,8% afirmou ter tido uma queda superior a 75%.

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A pesquisa também apontou que 46,5% dos minimercados gaúchos acreditam que as vendas vão melhorar um pouco nos próximos seis meses, enquanto 17,9% creem que irão melhor muito. Já para 22,6% dos entrevistados, a expectativa é que as vendas em seus minimercados se mantenham estáveis nos próximos seis meses. Além disso, 9,4% acreditam que o faturamento vai piorar um pouco, e 3,6%, que vão piorar muito.

Entre os entrevistados, 61,6% dos negócios tinham mais de 10 anos de existência, e 57,7% tinham até cinco funcionários. Ainda que 83,1% dos minimercados tenham apresentado perdas, apenas 53,5% desenvolveram medidas para diminuir ou evitar queda das vendas nesse período. Entre os que adotaram medidas, 45,1% apostaram em promoções, 21,8% apostaram no delivery, 17,0% na divulgação e 7,3% nos novos produtos.

26% não conseguiram repassar alta de preços

Nos últimos meses, tem se observado um forte aumento do preço dos alimentos, provocado especialmente pelo aumento dos preços das commodities em dólar e da desvalorização cambial. Dado esse cenário, os entrevistados foram questionados sobre como têm lidado com o aumento de custos das mercadorias que a empresa revende. Em apenas 26,2% das empresas entrevistadas os custos foram repassados integralmente para os consumidores, 65,0% foram repassados parcialmente (comprimindo as margens) e 8,7% não foram repassados, comprimindo as margens.

- Sem dúvida nenhuma, permanecer aberto durante todo esse período foi uma vantagem em relação a outros negócios que tiveram suas portas fechadas. Entretanto, os números nos mostram que a maioria dos minimercados tiveram perdas no período. Não existe fórmula pronta para o sucesso, mas existe a receita do insucesso: não fazer nada para mudar - afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

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A saída, segundo o presidente, está em reinventar os negócios.

- Entenda as transformações que estamos vivenciando e implemente as mudanças necessárias, experimente alternativas novas. Faça o melhor que você pode fazer para o seu negócio perdurar - finalizou.

Na teoria, é mais fácil falar. Porém, na prática, a luta constante pela sobrevivência é dura.

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