Deni Zolin

4 grupos disputam concessão para instalar pedágios e duplicar a RSC-287

Quatro grupos empresariais apresentaram documentação e vão participar da disputa pela concessão da RSC-287, entre o trevo do Aeroporto de Santa Maria e Tabaí. A sessão de credenciamento ao leilão ocorreu no início da tarde desta segunda-feira, na Bolsa de Valores de São Paulo. O secretário estadual de Parcerias, Bruno Vanuzzi, afirmou à coluna que os grupos concorrentes serão CCR, Sacyr, Conasa e Silva & Bertoli.

A CCR é o grupo paulista que tem a concessão de diversas rodovias no país, inclusive de algumas aqui no Estado, com a Freeway e a BR-386. A Sacyr é um grupo espanhol com obras e empreendimentos em mais de 30 países. Já a Conasa é de Londrina (PR), e a Silva & Bertoli, de Curitiba (PR), atuando também no setor de infraestrutura e rodovias. A Conasa tem negócios também nas áreas de saneamento e energia.

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O fato de haver quatro concorrentes é um bom sinal, porque aumentam as chances de haver maior competição durante o leilão da próxima sexta-feira, também na Bovespa, em que será definida a vencedora que assumirá os 204 km da rodovia pelos próximos 30 anos, com previsão de duplicá-los integralmente até 2041. É que, após a abertura dos envelopes com as propostas do menor valor de pedágio, as concorrentes poderão ir cobrando os preços em leilão presencial, a viva-voz. O edital já prevê que o preço máximo é de R$ 7,37 para a tarifa de carros. Mas se uma empresa apresentar valor inicial de R$ 7, por exemplo, as demais podem ir fazendo ofertas de valores menores, até ser batido o martelo.

A estimativa do governo do Estado é que a tarifa final tenha um valor de 20% a 25% menor do que a tarifa-teto de R$ 7,37. Se isso se confirmar, o valor poderia baixar para até R$ 5,52. Mas só no leilão é que se terá certeza dos preço definitivo.

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Após o leilão de sexta, haverá fase de habilitação e recursos. A expectativa é assinar o contrato até março, para que a nova concessionária assuma a rodovia em junho de 2021, já iniciando a cobrança nas duas praças da atual EGR. No primeiro ano, estão previstas obras de restauro e, só então, na metade de 2022, poderá cobrar a tarifa nas três novas praças de pedágio: entre Santa Maria e a Quarta Colônia (perto do Trevo do Santuário), entre Paraíso do Sul e Novo Cabrais, e em Tabaí.

O investimento privado será de R$ 2,7 bilhões pelo período de 30 anos. De 2014 a 2018, o governo do Estado investiu R$ 195,7 milhões na RSC-287. Se comparado com os primeiros cinco anos da futura concessão à iniciativa privada, conforme o estudo de viabilidade, o aporte financeiro será de R$ 599,1 milhões, segundo o governo do Estado.

A previsão é que os trechos urbanos sejam duplicados a partir do 3º ano, e que o trecho rural, entre Tabaí e Novo Cabrais, tenha duplicação total entre o 6º e o 9º anos (provavelmente, até 2030). Já a duplicação total de Novo Cabrais a Santa Maria ficará para o 19º ao 21º ano - ou pode ser antes, se o volume de tráfego subir muito e atingir um número estabelecido no contrato, que é de 18 mil eixos equivalentes ao dia. Nessa conta, uma carreta de 7 eixos conta como seis eixos.




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