claudemir pereira

MDB só pensa na cabeça da chapa, diz Magali

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Lucas Amorelli (Arquivo)
Opção: "nunca trabalhamos para ser vice", diz Magali Marques da Rocha, presidente do MDB 

De protagonista a coadjuvante. Assim é o MDB, após oito anos na prefeitura, com Cezar Schirmer. Hoje, ainda que apoie o governo de Jorge Pozzobom, quer dele se desligar. E não admite ser vice no pleito de 2020. Sobre isso e bem mais, fala, com exclusividade para a coluna, a presidente do partido, Magali Marques da Rocha. Confira: 

Coluna - Quando o MDB pretende definir a posição acerca de candidatura própria ou aliança? 

Magali Marques da Rocha - Trabalhamos para consolidar uma candidatura. As novas regras eleitorais exigem dos partidos uma participação mais ativa com o objetivo de fortalecer as candidaturas proporcionais, já que a legislação corretamente extinguiu a coligação proporcional. O fato é que iniciaremos 2020 com a definição do nosso candidato a prefeito. 

Coluna - No primeiro caso, quais os aliados preferenciais e quais os nomes que o partido irá apresentar como sugestão para encabeçar a chapa.

Magali - Já estamos discutindo com diversos partidos a construção de ampla coligação majoritária. A própria postura do MDB no cenário nacional nos possibilita construir o diálogo com no mínimo 5 partidos que, com a consolidação da chapa majoritária, se aproximarão da composição naturalmente. Trabalhamos com o nome dos vereadores Francisco Harrisson e Marta Zanella. 

Coluna - No segundo caso, o partido quer encabeçar ou aceita ser o vice da coligação? Nesse caso, os nomes são os mesmos?

Magali - A história do MDB de Santa Maria, que fez através do Governo Schirmer (8 anos de governo) mudanças positivas para o crescimento da cidade, nos credenciam também pelo tamanho do partido em apresentar os vereadores Francisco Harrisson e Marta Zanella em uma composição para encabeçar a nominata. Mas, como falei, passa por uma construção coletiva em que não podemos impor exclusivamente a nossa ideia, mas construir uma nova proposta política para a cidade em que disponibilizamos candidatos que representem a renovação. 

Coluna - De um militante histórico: o "partido quer mesmo é ser vice. E corre o risco de, se todas as principais alianças serem formadas, ficar a pé". O que a senhora acha dessa observação? 

Magali - Na política, a única forma de se fortalecer é estar disposto a enfrentar desafios. Com esta intenção é que apresentamos nomes para encabeçar a chapa majoritária. Nunca trabalhamos para ter vice-prefeito no pleito. 

Coluna - Alguma outra observação que a senhora queira fazer? 

Magali - Tenha a certeza de que a nossa construção junto com outros partidos visa tirar Santa Maria da bipolaridade PSDB e PT e ofertar a população uma candidatura que se afasta das desavenças nacionais e foque na necessidade de reerguer Santa Maria. Lamentavelmente, percebemos que nossa cidade necessita ser mais bem cuidada. Tanto Harrison, como Marta trazem um novo olhar. Queremos uma cidade feliz, se desenvolvendo e com sua autoestima renovada. 

Hospital Regional e o lero-lero. Ah, e a enésima promessa! 

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Hospital Regional: motivo para todas as promessas possíveis, especialmente vindas de graúdos 

O Diário registrou, em sua edição de 5 de outubro, a palavra do Ministro da Cidadania, Osmar Terra, que havia passado por Santa Maria no dia anterior. 

Está lá, no texto do colega Marcelo Martins, sobre o Hospital Regional: "Terra adiantou que, até o final de novembro, haverá a liberação de R$ 50 milhões para a compra de equipamentos". Bueno, o calendário marca 30 de novembro neste sábado. 

A situação só é registrável porque houve quem acreditasse na enésima promessa acerca do hospital mais aguardado do século. 

Em tempo: na mesma reportagem, o ministro também disse estar "nos finalmentes" a possibilidade de abertura de leitos. E que "no começo de 2020 (sem especificar o mês), os primeiros serão ofertados a quem precisa do SUS." 

Acredite: se há algo que funciona, neste escriba, mais até que o bestunto, é o arquivo. E, como se sabe, o próximo ano é logo ali. 

Ah, semana passada, a mídia nacional especulou fortemente sobre possíveis mudanças no ministério do presidente Jair Bolsonaro. E três pastas foram citadas: Educação, Casa Civil e... Cidadania. 

Nas internas, o que dizem do chefe 

Ilustre figura na gestão do prefeito municipal Jorge Pozzobom garante ser consenso no centro administrativo o que é tido como um dos grandes méritos "do chefe": a sua capacidade de simplesmente não desistir de recuperar recursos perdidos. Ou que estejam depositados nos fundos de algum escaninho em gabinetes do governo federal. 

Seria essa persistência que teria garantido, segundo a mesma fonte, a reconquista de bufunfa destinada à creche do Loteamento Cipriano da Rocha e também para a Perimetral Dom Ivo Lorscheiter. Bem contadinho, o troco soma algo parecido com R$ 40 milhões. Ah, uma das obras já foi concluída. A outra está a caminho. 

NOTAS DA LUNETA 

DOR MENOR 
O grande enrosco das emendas impositivas chega ao ápice neste momento, em que a prefeitura se dá conta do óbvio engessamento orçamentário, por conta dos pleitos dos vereadores. No entanto, o problema está lá nos primórdios. Apresentado o projeto (cuja constitucionalidade nunca foi rebatida) pelo governista Vanderlei Araújo (PP), o executivo não se coçou para refutar - com a exceção de Juliano Soares (PSDB). Agora? É aceitar que dói menos. 

MUNDO REAL
Diante da disposição da cúpula local, com aval estadual, de bancar candidatura própria à prefeitura, renomado militante do PP, em reunião, roncou grosso. Foi ao que ele considera o ponto: "vocês têm ideia do que é bancar uma campanha? Não contem comigo para buscar troco". As palavras podem não ter sido exatamente essas, porque o sujeito é fino. Mas o sentido é o mesmo. Ah, e será atendido? O futuro dirá. 

VENCERAM

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS
Valdeci consolida liderança na T. Neves

Com quase dois terços dos 884 votos, a chapa apoiada pelo PT e com a participação ostensiva de Valdeci Oliveira e Valdir Oliveira na campanha, foi a grande vencedora do pleito para a direção da Associação Comunitária do Bairro Tancredo Neves, liderada pelo militar reformado Ubirajara Santos. O resultado do pleito, ninguém duvida, consolidou a liderança do ex-prefeito e atual deputado, na região oeste. 

PERDERAM
Ainda que com uma votação digna (um terço do total), não há dúvida que também há perdedores no processo eleitoral da zona oeste. E eles estão entre os partidos que apoiaram diretamente a chapa liderada pelo vigilante José Maurício Santos. No caso, PC do B, Cidadania, MDB, PV e PSB. Na lista, pode-se incluir também as siglas torcedoras, entre as quais PP e PSDB. 

PARA FECHAR! 
Não queira que alguém confirme isso, mas... Se arrependimento gerasse inço, Jorge Pozzobom veria o Centro Administrativo cercado por ervas daninhas. Tudo por não ter vetado, na época, o projeto das emendas impositivas. Agora, a situação caiu no colo dele e de Mateus Frozza, secretário de Finanças. Ah, e ainda falam, pelo Palacete da Vale Machado: "quem pariu Mateus, que embale".

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Únicos: os petistas Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta e o novista Giuseppe Riesgo, eleitos. E os outros partidos? Anterior

Únicos: os petistas Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta e o novista Giuseppe Riesgo, eleitos. E os outros partidos?

O que se pode esperar (ou não) do Novo em 2020 Próximo

O que se pode esperar (ou não) do Novo em 2020