data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo Pessoal
Atual secretária de Educação, Esporte e Cultura de Santiago, Mara Rebelo, 52 anos, é formada em Geografia e pós-graduada em Gestão e Planejamento da Educação pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai das Missões (URI) de Santiago.
style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Filha de Nerci Soares Rebelo e Hilda Chaves Rebelo, falecida, ela tem três irmãs, Mariza, Maria Eloá e Marta Valéria. Há 33 anos, Mara disse "sim" a João Santiago de Lourenço, 63, que é caminhoneiro. O filho Cristian e os netos Maria Eduarda, 9 anos, Lorena, 6, e Martina, 5 meses, completam a alegria da santiaguense.
Nesta entrevista, a presidente do Mulher Progressista de Santiago, núcleo feminino do Partido Progressista, vice-presidente da Coordenadoria de Educação da Associação dos Municípios da Região Centro do Estado (AMCentro) e secretária de coordenação técnica da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) comenta as experiências que acumulou trabalhando há mais de 30 anos na área da Educação.
Diário - A senhora sempre morou em Santiago?
Mara Rebelo - Nasci, cresci e até hoje moro em Santiago. Saí da minha terra natal por um curto período, entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2014, em função de uma cedência para Assembleia Legislativa em Porto Alegre. Retornando, reassumi a função de professora até o início de janeiro de 2017. Depois, passei a atuar na Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura na gestão do prefeito Tiago Gorski Lacerda.
Diário - Que lembranças guarda da infância?
Mara - Tive uma infância feliz. Morávamos no interior, na localidade Rincão dos Soares. Quando eu tinha 9 anos, nos mudamos para Santiago. Morei na casa de uns tios para estudar. Aos 12 anos, comecei a trabalhar na padaria do Tita durante meio expediente. Aos 17, fiz o primeiro concurso público para a prefeitura de Santiago. Em 1985, assumi o cargo público.
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Diário - Do que o senhora mais gosta em Santiago?
Mara - Da beleza das nossas ruas, que são bem cuidadas.
Diário - A inspiração para a docência veio de casa?
Mara - Sim. Como minha mãe era professora municipal, desde a infância, tenho gosto pela escola, livros, diários de classe e tudo o que é relaciona-do ao ensino.
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Diário - A senhora também atuou como gestora na área de educação?
Mara - Sim. Fui diretora na Escola de Turno Oposto Criança Feliz por 11 anos.
Diário - E, na sequência, vieram os cargos públicos.
Mara - Em 2008, fui eleita vereadora e permaneci na Câmara até 2010, quando fui para Assembleia Legislativa com o então deputado Chicão Gorski. Atualmente, sou secretária de Educação de Santiago.
Diário - Quais as principais dificuldades que a senhora encontrou na administração pública até agora?
Mara - Entender de orçamento sempre é um grande desafio, principalmente na Secretaria Municipal de Educação, que é a maior pasta de Santiago.
Diário - Nesta trajetória, de quais os projetos a senhora mais gostou de participar?
Mara - Desde 2017, implantamos vários projetos. Os que mais me orgulham são a distribuição de uniforme para toda a rede escolar do município, kits escolares e implementação do segundo idioma da pré-escola ao 5º ano. Em 2017, ficamos entre os 10 municípios modelos de gestão do Brasil pelo uso da plataforma Conviva.
Diário - Tem alguém que a senhora considera uma importante referência nesta caminhada?
Mara - O prefeito Tiago Gorski Lacerda, pela excelente gestão e liderança em Santiago.
Diário - Quais são seus principais objetivos?
Mara - Pretendo desenvolver projetos que considero relevantes para a educação do município, como implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Referencial Curricular Gaúcho (RCG).
Diário - A senhora foi criada no interior. Tem algum projeto para esta área?
Mara - Entre os meus objetivos, está separar um tempo maior para olhar com atenção para os assuntos referentes à educação nessas localidades.
Diário - Que perspectiva a senhora tem a respeito da Educação em nível nacional?
Mara - É um grande desafio.
style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Diário - E por onde começam esses desafios?
Mara - Começam pela implantação da Base Nacional Comum Curricular, pela inserção das metodologias ativas como Educação Maker, Escola do Futuro e Educação 4.0. Além desses, preocupa-me o futuro do Fundeb, que é o principal recurso de financia-mento da educação e que tem data prevista para terminar em dezembro de 2020.
Diário - Há alternativas para melhorar esse quadro?
Mara - Investir na formação de professores, tecnologias e infraestrutura, além de incentivar a presença das famílias no ambiente escolar.
Diário - Como faz para conciliar trabalho e família?
Mara - Com organização e fazendo o que gosto, consigo dedicar o tempo ideal para a profissão e as pessoas que amo.
