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Pó de rocha é usado em estudos para remineralização em Santiago

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Foto: divulgação, Britagem Santiago
Após registro no Ministério da Agricultura, produtores rurais poderão optar pelo novo método

Profissionais da britagem Santiago dão início à produção de pó de rocha para uso nas lavouras. O objetivo é facilitar a recomposição do solo e, assim, melhorar a fertilidade da terra. As britas do local fornecem nutrientes para as plantas, o que, até então, é feito pelo calcário.

Esta forma de uso das pedras é nova no Rio Grande do Sul e oferece a perspectiva de uma nova fonte de renda às britagens tradicionais. Além disso, os interessados podem comprar o produto em locais próximos as próprias lavouras, barateando o frete.

Devido a esse conjunto de fatores, Fabiano Just, proprietário da pedreira, adquiriu o espaço em 2018, ao perceber o futuro potencial da pedra, que possui maior concentração de potássio do que o comum, variando de 4% a 5,5%, em relação a outras localidades.

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Conforme o agrônomo Bruno Barcellos, o pó de rocha é uma alternativa benéfica ao solo, porque pode vir a substituir os comuns adubos químicos solúveis, já que fornece potássio, cálcio, magnésio, silício dentre outros, sem efeito colateral à biologia do solo, ao contrário dos produtos já difundidos.

- No caso dos fertilizantes, por exemplo, a presença de cloro, no cloreto de potássio, extermina vários tipos de vida no solo. Sendo este um biocida, é utilizado, geralmente, em larga escala em piscinas, alvejantes e na própria água que bebemos diariamente. Já o pó de rocha, utilizado em nossa proposta, é neutro, diferentemente do adubo que é ácido - explica Bruno.

Para o pó de rocha ser utilizado como remineralizador é necessária uma validação. Esse processo ocorrerá por meio de pesquisas de eficiência agronômica. Com esses estudos, Fabiano fará o registro do projeto no Ministério da Agricultura. Conforme ele, essa efetivação leva cerca de dois anos.

CUSTO MENOR
Com imunidade das plantas, o agricultor que utilizar o pó de brita poderá contar com a redução de custos no plantio, visto que lidará menos com pragas e doenças nas lavouras. Ao tolerar mais o estresse hídrico, as plantas necessitarão de menos fertilizantes químicos, produtos importados anualmente pelo país.

*Colaborou Gabriele Bordin

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