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Por causa do mão-pé-boca, escola de Cacequi ficará sem aulas pelos próximos 15 dias

Foto: divulgação
Escola Presidente Vargas ficará sem aulas por 15 dias 

Após uma reunião de pais, professores, direção e profissionais de saúde, da Escola Municipal Presidente Vargas, no Bairro Mauá, em Cacequi, foi decidido que as aulas da escola ficam canceladas em um período de 15 dias, que começou a contar desde a segunda-feira. Com isso, os alunos da instituição ficam sem aulas até o dia 27 de maio. A decisão foi tomada por causa no número de alunos com o vírus mão-pé-boca  para que eles tenham tempo de recuperação. 

De acordo com a prefeitura de Cacequi, a escola buscou informações das possíveis ações para minimizar este surto junto à secretaria de saúde do município, que prontamente atendeu a solicitação, sendo necessário para todos aqueles alunos que tiveram a doença passar por uma consulta no seu respectivo posto de saúde para uma avaliação sobre seu estado de saúde antes de retornar as aulas. Ainda conforme a prefeitura,  os alunos da escola Presidente Vargas terão prioridade em seu atendimento.

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A secretária de Educação do Município, Patrícia Vargas Paz, explica que na Escola Presidente Vargas - que atende alunos de educação infantil e educação básica até o 5º ano - foram 30 alunos diagnosticados com o vírus via secretaria de Saúde da cidade. A orientação aos pais de alunos de todas escolas da cidade é que, em caso de apresentar um sintoma (veja abaixo), antes de levar o filho na escola é que leve ao posto de saúde mais próximo, mesmo que tenha dúvidas que seja ou não o caso do vírus mão-pé-boca. A secretária orienta que higienização com água, sabão e água sanitária pode ser feita em casa mesmo e ajuda na prevenção. 

Em outra escola da cidade, a Escola de Educação Infantil Bem Me Quer, também teve alunos com diagnosticados com a doença mas, após avaliação com profissionais de saúde e educação, foi decidido que nesta escola não havia necessidade de suspensão de aulas.

O secretário de saúde de Cacequi, Leomar Maurer, conta como se deu a avaliação até chegar a decisão de suspender de forma momentânea as aulas.

- Fizemos toda uma avaliação com a equipe de saúde da família, que está próxima à escola, foram feitas ações, mas os casos continuaram. Em comum acordo com a Secretaria de Educação optamos por interromper as aulas para fazer uma nova desinfecção. Estamos em fase de investigação para ver a situação de outros colégios também - comenta Maurer. 

RECUPERAÇÃO DE AULAS
Os alunos da escola Presidente Vargas vão recuperar uma semana de aulas em julho, no período que seria de férias escolares, e a outra semana será recuperada no final do ano. 

A SÍNDROME
A síndrome mão-pé-boca (DPMB) é uma doença contagiosa causada pelo vírus Coxsackie. De acordo com a médica infectologista pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), Marceli Zamboni Bertoncello, a mão-pé-boca é uma doença típica da infância, apesar de também poder infectar adultos.   

- Essa doença ocorre durante o ano inteiro, mas a ocorrência é mais comum em épocas mais frias devido às crianças permanecerem em ambientes fechados e com contato mais próximo - alerta a especialista.

Em São Gabriel, 60 crianças foram diagnosticadas com o caso e as aulas na rede municipal foram suspensas, mas já normalizaram. 

SINTOMAS

  • Febre alta no início do quadro
  • Mal estar
  • Falta de apetite
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Manifestação de lesões vesiculares na boca, amígdalas e faringe
  • Erupções com bolhas nas palmas das mãos, plantas dos pés e nádegas

TRANSMISSÃO

  • Ocorre pelo contato com secreções de vias aéreas superiores (sailva e secreção nasal), fezes ou objetos contaminados
  • A pessoa infectada pode transmitir o vírus por até quatro semanas, mesmo sem sintomas, e também se infectar mais de uma vez

TRATAMENTO

  • Apenas sintomático, com analgésicos e hidratação
  • O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta

RECOMENDAÇÕES

  • Não há vacinas disponíveis para prevenir a doença
  • Os cuidados consistem em manter os objetos pessoais e compartilhados sempre limpos e higienizados
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir

Fonte: Médica infectologista pediátrica Marceli Zamboni Bertoncello e Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde

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