data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)
Na manhã desta terça-feira, teve início a vacinação para pessoas com 30 anos ou mais com comorbidades. A aplicação das doses ocorreu no Clube Recreativo Dores para pedestres e, no formato drive-thru, na loja Havan e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O início das aplicações foi lento e sem filas nos três locais. Segundo informações da prefeitura, foram aplicadas 923 doses, das 3 mil disponíveis. Mas quem foi aos pontos de vacinação encontrou agilidade na triagem e rapidez na hora de receber a vacina.
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ANIMAÇÃO
No Clube Dores, por volta das 8h15min, haviam sido distribuídas 124 fichas e o fluxo estava rápido. Após a triagem, o tempo de espera não chegava a 20 minutos. Após o credenciamento, os técnicos de enfermagem e enfermeiros esperavam os vacinantes ao som do músico Renato Mirailh, que, com seu violão, tocava clássicos da música brasileira como 'Tocando em Frente', 'Tempos Modernos' e a sugestiva 'Gita', de Raul Seixas, que em seu refrão fala de início, fim e meio, sugerindo a primeira dose, o fim da pandemia e a vacinação.
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A economista Liz Felix Greco (foto acima), 30 anos, estava radiante com a oportunidade de receber a vacina. Para ela, é o primeiro passo para a tranquilidade em seguir trabalhando.
- Estou me sentindo muito feliz por ter chegado a minha vez. Eu estava muito ansiosa, pois faz um ano e meio que estamos vivendo essa pandemia, muita gente perdeu emprego, muita gente está sofrendo com a doença. E vir tomar a vacina é de toda a importância para a gente dar continuidade na redução dos casos e mortes - avalia Liz.
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Mariele Flores (foto acima), de 35 anos, não conseguia esconder a emoção de estar recebendo a vacina no braço esquerdo. Para ressaltar a importância da vacinação, a jornalista traz de casa um exemplo para quem ainda está em dúvida sobre o quanto é importante a proteção.
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- É um dia muito importante. Eu estava ali sentada esperando, nervosa, ansiosa. Porque a minha mãe testou positivo na semana passada e está super bem. Ela fez a segunda dose há mais de 15 dias. Então a nossa confiança aumenta muito mais e nos dá mais certeza de que vacinas salvam vidas. Vendo a organização, a entrega das pessoas que estão aqui, dos profissionais de saúde, o próprio envolvimento do poder público, a gente não pode deixar de falar, que apesar de toda a dificuldade da chegada de vacinas, essa semana vamos ter vacinação todos os dias. Aos poucos vai chegando a vez de todo mudo receber a vacina. É importante que as pessoas se vacinem. A primeira dose nos dá esperança e a segunda fortalece isso e vai nos tirar desse momento difícil - sugere a jornalista.
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Em outro ponto de vacinação, no estacionamento da loja Havan, os carros iam chegando, passando pela triagem e logo partiam para a aplicação das doses, que ocorreu em drive-thru. Esse formato de vacinação oportuniza às pessoas a animação da música, do chimarrão e, porque não, da companhia dos pets. A arquiteta Criselem Castro Pivetta (foto acima), 38 anos, levou a dupla de buldogues franceses Bonnie e Holly para curtir o tempo de espera:
- Hoje veio a família junto, pois para mim é muito significativo. A gente vai seguir se protegendo. Mas é uma dose de esperança para seguirmos a rotina com mais segurança.
SATISFAÇÃO
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O clima de tranquilidade também oferece a quem está trabalhando a alegria de participar do momento histórico, ajudando a sociedade no combate ao coronavírus. Entre uma aplicação de dose e outra sobrava tempo para uma selfie com os colegas e um aplauso para o músico. Para Raysa Moreira (foto acima), de 27 anos, enfermeira residente na área de infectologia e neurologia da Universidade Franciscana (UFN), a oportunidade é gratificante e serve como experiência na profissão que escolheu.
- É importante, tanto para mim que recém me formei, quanto para que ainda está terminando a graduação. É um momento único para a gente aprender, se envolver e participar de um fato que a gente nunca pensou que ia acontecer. É muito gratificante ver o sorriso no rosto das pessoas, a felicidade deles em conseguir estar aqui.
ATÉ A ÚLTIMA GOTA
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Rodrigo Ricordi (Diário)
Próximo às caixas térmicas em que ficam armazenadas as doses, que precisam ser conservadas a uma temperatura entre 2°C e 8°C, a equipe técnica separa frascos que ainda têm o líquido da vacina e que não é suficiente para uma dose completa. Em um suporte de gelo, os frascos ficam descansando até descer o restante. A enfermeira da prefeitura, Tamires Pugin, explica o procedimento:
- Cada frasco tem cinco doses e conforme a gente movimenta ele, se formam algumas pequenas bolhas da vacina. A gente não descarta os frascos e espera as bolhas se desfazerem, mesmo que seja meia gota, e vamos extraindo. No último sábado esse procedimento rendeu oito doses a mais. Então, cada gota importa, cada gota conta, e vamos aspirando e somando para fazer uma dose e poder aplicar. Nada é desperdiçado, o vidro só vai ser descartado quando estiver completamente seco.
CONTINUIDADE
À tarde, das 14h às 16h, três locais foram destinados para imunização de pessoas com síndrome de down de 18 a 59 anos, pessoas com deficiência permanente e BPC de 30 a 59 anos e idosos que ainda não tomaram a primeira dose. As ações para estes públicos ocorreram na Apae, na Escola Antônio Francisco Lisboa e no Instituto Colibri. No total, estiveram disponíveis 600 doses, das quais 310 foram aplicadas.
TERÇA-FEIRA
18 de maio, das 14h às 16h
Público
- Pessoas com síndrome de down de 18 a 59 anos
- Idosos de 60 anos ou mais que ainda não receberam a 1ª dose
- Pessoas com deficiência permanente e BPC de 30 a 59 anos
Locais
- Apae (Rua Cel. Benjamin D'ávila, 400, Bairro Juscelino Kubitseck)
- Escola Antônio Francisco Lisboa (Rua Pinto Bandeira, Bairro Nossa Senhora das Dores)
- Associação Colibri (Rua Ernesto Becker, 478, Bairro Passo D'Areia)
Comprovações
- Documento com foto e CPF
- Documento que comprove a condição e o benefício (no caso de deficiência permanente e BPC
*As pessoas que têm deficiência permanente, como impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm direito à vacinação