data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Anselmo Cunha (Diário)
O que poderia ter sido uma tragédia, teve um desfecho feliz para 39 idosas assistidas pelo Lar das Vovozinhas. A instituição enfrentou, entre o fim de janeiro e fevereiro, um surto de coronavírus, que fez com que as idosas e funcionários passassem por momentos de tensão e preocupação. Hoje, as guerreiras exibem com orgulho a plaquinha que indica que elas venceram a Covid-19, apesar da tristeza pelo falecimento de duas moradoras, de 85 anos, vitimadas ainda em janeiro pela doença.
A emoção é visível em Bernardete Tagliapietra, de 64 anos. Ao começar a falar sobre o assunto, não demora para aparecer uma lágrima no rosto.
- Eu fui internada duas vezes. Uma, não sei nem em qual lugar, a outra foi no Hospital Regional. Me trataram super bem lá. Eu venci a Covid. Me sinto feliz com a ajuda que tenho aqui. A recuperação ainda não está 100%, mas eu ainda chegar lá - conta a idosa.
OUTRO CASO
Não foi o primeiro surto vivido pela instituição. Ainda em setembro do ano passado, a Covid-19 também havia ultrapassado as medidas preventivas adotadas pelo Lar.
Na época, quatro idosas testaram positivo para o coronavírus e seis funcionários estavam afastados - ou com sintomas, ou com resultado positivo.
Ana Rodrigues, de 80 anos, foi infectada em ambas ocasiões. Com poucas palavras e voz fraca, a idosa relata os momentos em que conviveu com a doença:
- Agora estou bem. Peguei duas vezes. Fiquei bem doente, quase caindo, não podia quase caminhar - relata a idosa.
Conforme a vice-presidente da instituição, Liliane Duarte, foi realizado um isolamento rigoroso, com uso de EPIs.
Um médico foi contratado para dar assistência às idosas com o apoio do infectologista Thiego Cavalheiro. Liliane também atribuiu a superação do surto ao trabalho dos funcionários e ao apoio de doações recebidas, entre elas de oxigênio.
Durante a pandemia, a visitação tem sido restrita e há um cuidado rigoroso entre funcionários para evitar que o vírus atinge as idosas. O cenário de isolamento tem trazido consequência emocionais para as residentes do lar.
- Elas estão muito tristes. Esse entristecimento é enorme, em função de tudo o que está acontecendo com esse isolamento. O Lar sempre foi um lugar de muitos jovens, com acadêmicos, alunos, e agora não tem isso. Para elas, isso é muito triste, o sofrimento é bem grande - relata Liliane.
Há uma expectativa de melhora nesse cenário. Todas as idosas já foram vacinadas contra o coronavírus. Apenas cinco das 133 moradoras ainda não receberam a segunda dose, por estarem doentes no dia da vacinação.
AJUDE O LAR
O Lar segue com dificuldades financeiras, agravadas pela pandemia do novo coronavírus. Conforme Liliane, há um custo mensal de R$ 350 mil e uma arrecadação de cerca de R$ 160 mil. A instituição se mantém com doações. Veja no quadro acima como auxiliar.
Sicredi
- Agência - 0434
- Conta - 82077-6
Banco do Brasil
- Agência - 0126-0
- Conta - 6204-9
Banrisul
- Agência - 0353
- Conta - 060058700-0
Telefone
- (55) 2103-2626