Retorno

“Vamos voltar a ter o Zé Gotinha, que tinha sido demitido”: conheça o profissional da região que atua junto ao novo Ministério da Saúde

Foto: Ascom CNS

Tomou posse na segunda-feira (2) a socióloga e cientista política Nísia Trindade como ministra da Saúde. E, nesta quarta, o Ministério da Saúde já deu início ao que elencou de problemáticas do governo de transição. Foi o que contou ao CDN Entrevista desta quarta-feira (4) o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, que participou da reunião junto aos representantes da Saúde.

Pigatto, que é natural de Júlio de Castilhos e tem longa trajetória profissional em Rosário do Sul e Santa Maria, relata que, nas últimas semanas, já no período de transição de governo, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o CNS havia feito recomendações a partir de vários temas junto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na época coordenada pela atual ministra da Saúde. Uma delas é a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), pensada a partir de conferências nacionais de Saúde, marcadas para 2 e 5 de julho. Já os encontros municipais devem ocorrer até março, inclusive com possibilidade de agenda em Santa Maria. As conferências estabelecem as demandas da saúde de cada região, e assim se definem os planos orçamentários. Pigatto reforça a importância do tema: 

– O compromisso reafirmado nesta reunião (desta quarta) pela ministra foi a convocação coletiva que vai ser intensificada neste período, para que os municípios realizem. Em alguns lugares, a data ainda não foi marcada. 

O presidente do CNS reitera a necessidade de mobilização da população brasileira pela vacinação, que, conforme ele, um dia já foi referência mundial em vacinação, graças ao Programa Nacional de Imunização (PNI), criado em 1973. A realidade atual do Rio Grande do Sul é de que 644.684 gaúchos estão com a segunda dose contra a Covid-19 em atraso, conforme o painel de Monitoramento da Imunização da Covid-19 RS. A vacinação é uma solução para que doenças, que já estavam erradicadas, não voltem a aparecer: 

– Nós temos um problema gravíssimo no nosso país, que, a partir de 2016, os índices de vacinação diminuíram muito e doenças que tinham sido erradicadas, como, por exemplo, o sarampo, a própria poliomielite, tivessem índices altos. Isso se deve também pela desinformação e por um movimento antivacina que aqui no Brasil era liderado pelo próprio ex-presidente. 

Uma das formas de incentivar e fazer com que os índices de vacinação cresçam, segundo Pigatto, é retornar com força com as campanhas: 

– A gente vai voltar a ter o nosso Zé Gotinha, que tinha sido demitido do Ministério da Saúde. Vamos fazer uma ampla mobilização para que o povo brasileiro volte a acreditar na importância da vacina e, para isso, salvar vidas, né? – complementa ele.

Carreira

Fernando Pigatto é formado em Gestão Ambiental pela Universidade Norte do Paraná (Unopar). Nasceu em Júlio de Castilhos, morou em Santa Maria e reside atualmente em Rosário do Sul. Em Santa Maria, atuou como coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes e também nos mandatos como vereador de Valdeci Oliveira (PT). Nos anos 2000, iniciou participação no movimento comunitário, sendo presidente da Associação de Moradores do Bairro Primavera e Secretário Geral da União de Vilas e Bairros (UVB) de Rosário do Sul. Foi eleito presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2018, indicado pela sua entidade, com primeiro mandato exercido até 2021. Em seguida, foi reeleito ao cargo para a gestão 2021-2024 do CNS.

Além da boa relação com o ministro de comunicação Paulo Pimenta, Fernando Pigatto possui também já trabalho junto com a atual ministra da saúde durante o período da pandemia, quando ela estava a frente da diretoria da Fiocruz.


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Letícia Klusener

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