Santa Maria tem 15 casos confirmados de dengue em 2022

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)

O número de casos de dengue em Santa Maria subiu para 15 em 2022. No início de abril, eram oito registros na cidade. Os casos se concentram nos bairros Tancredo Neves (5), Parque Pinheiro Machado (4), Centro (2), Camobi (1), Perpétuo Socorro (1), Caturrita (1), Diácono Pozzobom (1).

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Alexandre Streb, as ações de fiscalização estão sendo intensificadas nestes locais com casos confirmados:

- Nós temos equipes trabalhando nos bairros, fazendo o que chamamos de bloqueio. Para cada local em que é encontrado uma notificação, vamos até a residência da pessoa infectada e, em um raio de 150 metros, que corresponde ao quarteirão da rua, fazemos a investigação de casos e entrevista com os moradores. Quando encontramos a larva do mosquito, fazemos o tratamento químico ou a remoção da água parada. Muitas vezes também é levado produtos para pulverização. Nós ainda notificamos e aplicamos multa para pessoas que não acatam as orientações - explica.

Outros 34 casos de dengue e um de zika estão em investigação na cidade. Até o momento, não foram confirmados e não estão em análise infecções de chikungunya.

NOVO SURTO

A transmissão das três doenças ocorre pela picada do aedes aegypti. Em Santa Maria, o mosquito está domiciliado desde 2013. Nos últimos dois anos, foram registrados surtos da doença no município (2020 com mais de 200 casos e 2021 com cerca de 50 casos).

Streb explica que a situação atual já corresponde ao início de um surto na cidade. Isso se deve à inter-relação entre os casos encontrados, principalmente na Tancredo Neves e no Parque Pinheiro Machado, que estão localizados em pessoas que vivem em quadras próximas.

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A Vigilância ainda deve avaliar se, nos próximos dias, devem ser tomadas medidas mais extremas, como a utilização do fumacê, uma camionete que pulveriza as vias públicas com maior concentração de casos.

- O equipamento é fornecido pela Vigilância do Estado e não podemos contar com toda a disponibilidade possível em função dos surtos concomitantes no Rio Grande do Sul, então, temos alguns problemas que vamos ter que enfrentar - relata Streb.

NOTIFICAÇÃO

Neste contexto, o superintendente aponta, também, uma dificuldade na notificação dos casos. Segundo Streb, isso ocorre em razão da demora na emissão do resultado dos exames pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen - RS). Hoje, o laudo fica pronto entre 8 e 10 dias.

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Além disso, Streb alerta que alguns serviços de saúde de Santa Maria não estão fazendo a notificação dos casos nos meios oficiais disponibilizados pela pasta. Isso acaba dificultando o controle da doença pela Vigilância, já que muitas notificações estão sendo feitas informalmente.

SINTOMAS

A infecção pode ser leve, de forma assintomática, ou grave, levando à morte. Os sintomas geralmente começam com febre alta (entre 39°C a 40°C) acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.

A orientação é que pessoas com sintomas procurem a unidade básica de saúde mais próxima.

DENÚNCIA

É possível fazer denúncia de locais públicos com água parada pelo número 156 ou pelo site da prefeitura.

CUIDADOS

Para prevenir dengue, zika e chikungunya é preciso ter alguns cuidados: