O Rio Grande do Sul enfrenta, em 2025, um cenário que registra o maior número de hospitalizações e mortes por gripe (influenza) desde a pandemia de H1N1, em 2009. Até esta segunda-feira (14), o painel estadual indicava 2.654 internações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo vírus da gripe, com 423 óbitos confirmados. Os números superam todos os anos anteriores, mesmo com o inverno ainda em curso.
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A situação se agrava com a baixa adesão à vacinação neste ano. Segundo a Secretaria da Saúde (SES), 82% das pessoas hospitalizadas e 78% das que morreram por gripe não estavam vacinadas. Os idosos são os mais afetados pela doença em 2025, representando 58% das internações e 77% dos óbitos.
Casos de SRAG por influenza
- 2011 – 267
- 2012 – 807
- 2013 – 565
- 2014 – 189
- 2015 – 89
- 2016 – 1.377
- 2017 – 440
- 2018 – 622
- 2019 – 475
- 2020 – 17
- 2021 – 159
- 2022 – 1.033
- 2023 – 1.065
- 2024 – 2.328
- 2025 (até 14/7) – 2.654
Óbitos
Considerando a série histórica iniciada após a pandemia de H1N1, em 2009, os casos de influenza têm aumentado nos últimos anos. O maior número havia sido registrado em 2024, mas foi superado neste ano.
O cenário atual também reflete avanços na vigilância das síndromes respiratórias, com maior capacidade de diagnóstico e registro por parte dos serviços de saúde, em especial após a pandemia de Covid-19.
Óbitos por influenza
- 2011 – 14
- 2012 – 68
- 2013 – 73
- 2014 – 25
- 2015 – 9
- 2016 – 212
- 2017 – 48
- 2018 – 98
- 2019 – 76
- 2020 – 2
- 2021 – 16
- 2022 – 140
- 2023 – 135
- 2024 – 289
- 2025 (até 14/7) – 423
Vacinação
A dose da vacina, que é segura e gratuita, está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde maio. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários segue muito abaixo da meta de 90%. Até o momento, apenas 49,4% dos públicos prioritários (idosos, crianças pequenas e gestantes) receberam a dose anual. A cobertura por grupo é a seguinte:
- Crianças (de seis meses a seis anos): 39,5%
- Idosos (60 anos ou mais): 53,2%
- Gestantes: 29,8%
A vacina contra a gripe protege contra as cepas mais recentes dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B e reduz significativamente o risco de casos graves, hospitalizações e mortes. A proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação.
A SES reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção e orienta os municípios a manterem o foco na imunização dos grupos mais vulneráveis. Para se imunizar, as pessoas devem procurar as unidades de saúde.
*com informações da SES RS