Ocupação de leitos de UTI bate recorde e está em 98% em Santa Maria

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Foto: Renan Mattos (Diário)/

A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Santa Maria segue em alta e se aproximando da capacidade máxima. No começo da tarde desta sexta-feira, o município registrava índice de 98,02% de hospitalizações em leitos intensivos, a maior taxa registrada até agora. 

10 novos leitos de UTI Covid começam a funcionar no Hospital de Caridade

Conforme o painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que monitora a situação dos leitos em todo o Rio Grande do Sul, até as 14h07min, dos 152 leitos de UTI existentes no município - e que recebem pessoas de toda a região -, 149 estavam em uso.

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Dos 72 leitos de UTI disponibilizados via Sistema Único de Saúde (SUS), 69 estavam ocupados, o que representa uma taxa de 95,8%. O painel aponta, no entanto, que 76 estariam ocupados, por conta de um erro no sistema, que contabiliza os leitos do Hospital São Francisco - que transformou a UTI em UTI Covid - como leitos públicos, e não privados. Na rede pública, a situação é mais crítica no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), que estava com 33 dos 34 leitos ocupados. No Hospital Regional, 36 dos 38 leitos estavam ocupados.

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Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)/
Tabela mostra o quantitativo de pacientes internados em decorrência da Covid-19

Dos 149 pacientes hospitalizados em UTIs, 106 são pessoas com a suspeita ou confirmação da doença. Ou seja, 71,14% das hospitalizações são de pacientes com suspeita ou diagnóstico positivo para a Covid-19.

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No Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, 73 dos 70 leitos de UTI estavam em uso. No entanto, mais 10 novos leitos foram abertos na tarde desta sexta-feira na instituição, e ainda não estão contabilizados no sistema do Estado. Mas é preciso considerar os sete pacientes do São Francisco, que estão contabilizados como pacientes do SUS, por erro no sistema. Dessa forma, seriam 90 leitos privados ofertados para UTI Covid, e 80 em uso. 

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Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)/
Gráfico mostra a evolução dos casos de internação na UTI da rede privada em Santa Maria

OCUPAÇÃO DE LEITOS DE UTI (até 14h07min)

Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)

• 34 leitos, 33 ocupados (97,1%)
• Desses, 20 são leitos Covid-19, e todos estão ocupados (100%)

Hospital Regional de Santa Maria

• 38 leitos, 36 ocupados (94,7%)
• Todos leitos são exclusivos Covid-19

Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo

• 70 leitos, 73 ocupados (105,6%)
• Desses, 41 são leitos Covid-19, e todos estão ocupados (100%)

Hospital São Francisco de Assis

• 10 leitos, 7 ocupados (70%)
• TTodos leitos são exclusivos Covid-19

LEITOS CLÍNICOS
A ocupação dos leitos clínicos na cidade, que chegou a ultrapassar os 100% em três momentos durante os últimos 15 dias (veja o gráfico abaixo), está em 85,6%. Dos 209 ofertados para o enfrentamento da Covid-19, 179 estão ocupados. Na Casa de Saúde, 12 dos 14 leitos estão em uso. No Hospital Geral Unimed, que tem 24 leitos, 30 pacientes estão internados, o que representa 125%. 

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Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)/
Gráfico mostra a evolução dos casos de internação em leitos clínicos nos últimos 15 dias

OCUPAÇÃO DE LEITOS CLÍNICOS COVID-19 (até 14h07min)

Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)

• 20 leitos, 16 ocupados (80%)

Hospital da Base Aérea

• 4 leitos, nenhum ocupado (0%)

Hospital São Francisco de Assis

• 1 leito, nenhum ocupado (0%)

Hospital da Brigada Militar

• 6 leitos, 3 ocupados (50%)

Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo

• 100 leitos, 83 ocupados (83%)

Hospital Casa de Saúde

• 14 leitos, 12 ocupados (85,7%)

Hospital Geral Unimed

• 24 leitos, 30 ocupados (125%)

Hospital Regional de Santa Maria

• 40 leitos, 35 ocupados (87,5%)

DE ONDE SÃO OS NÚMEROS?
A reportagem do Diário publica, diariamente, a ocupação de leitos com base no site do governo do Estado que é atualizado por cada hospital. Porém, os números mudam inúmeras vezes ao longo de um mesmo dia. Como a regulação é feita em todo o Estado, ou seja, pacientes são transferidos de um município para outro, às vezes um leito consta como vazio mas é preenchido em questão de horas e até mesmo minutos. E os hospitais relatam que com as altas taxas, os leitos são preenchidos rapidamente, mas a atualização no site não segue o mesmo ritmo. Por isso é comum o mapa apontar ocupação de 90% ou 95% de ocupação e existir pacientes esperando. Isso se justifica porque o número de pacientes na fila é maior que o número de leitos vazios.