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Foto: Pedro Piegas (Diário)
No momento em que a pandemia passa por um agravo no Rio Grande do Sul e a ocupação de leitos de UTI chega a níveis inéditos, a determinação é pelo respeito às medidas de prevenção ao contágio. Para o médico infectologista André Luiz Machado da Silva, membro da Sociedade Riograndense de Infectologia e que trabalha no Hospital Conceição, em Porto Alegre, os cuidados seguem os mesmos, mas é preciso ter atenção redobrada ao aparecimento de sintomas da Covid-19.
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- A principal recomendação é que a população se conscientize quanto a qualquer sinal ou sintoma sugestivo de Covid, faça um teste e saia do convívio com outras pessoas para minimizar o risco de transmissão e diminuir os casos de infectados - explica.
Segundo o infectologista, a qualquer aparecimento de sintoma, até mesmo náusea, vômito ou diarreia, o indivíduo deve procurar assistência para ser testado. Isso deve ser feito de forma remota, por consultas online ou em Unidades de Saúde periféricas, para evitar a superlotação de ambientes que atendam pacientes mais graves.
- É importante deixar as emergências, unidades de pronto-atendimento e hospitais para indivíduos que já tem diagnóstico de Covid - afirma.
Outro ponto vital no combate à pandemia, conforme Machado, é o combate às aglomerações.
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- A gente está em um momento em que a doença atingiu todos os números máximos e continua em um tendência de ascensão, uma curva vertical. Nesse momento, as pessoas precisam evitar aglomerações, ficar em casa, cada um fazer a sua parte. Infelizmente, já não há mais leitos disponíveis para toda a população que venha a manifestar formas graves da doença - recomenda.
Os mesmos cuidados precisam ser seguidos por quem já recebeu uma das vacinas contra a Covid-19. Por não terem 100% de eficácia, há a possiblidade de um vacinado ser infectado, ser assintomático e transmitir o vírus para pessoas a sua volta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, as seis regras de ouro da prevenção da Covid-19 devem ser praticadas todos os dias, pois diminuem muito o risco de alguém ser infectado e a necessitar ir aos hospitais que estão com os leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotados:
- Uso de máscara
- Distanciamento físico de 1,5 metro
- Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 70%
- Não participar de aglomerações, como reuniões, festas de confraternização em bares e restaurantes;
- Manter ambientes ventilados/arejados
- Paciente com sintomas de "resfriado" ou "gripe" deve ficar imediatamente em isolamento respiratório, pois pode ser Covid-19
Nesta sexta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o Boletim Observatório Covid-19 reforçando a necessidade de que sejam cumpridas as recomendações, além de que se promovam o isolamento e o distanciamento físico, o uso de máscara em larga escala, a redução dos deslocamento entre as cidades, a garantia de transporte adequado e a oferta de locais para quarentena. Conforme o boletim "essas medidas deveriam envolver, além de legislações e decretos, campanhas para adesão da população às mesmas". A Fundação ainda pede planejamento para a adoção de medidas mais restritivas, como fiscalização mais efetiva e coordenação regional entre os municípios.
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Na última quarta-feira, a prefeitura de Santa Maria realizou uma live com os médicos infectologistas Jane Costa e Thiego Cavalheiro. Na ocasião, os médicos fizeram uma série de alertas e também reforçaram algumas dicas:
DICAS REFORÇADAS
- Se você tiver sintomas de Covid-19, procure atendimento e mantenha o distanciamento
- Evitem viagens desnecessárias
- Evite ir ao litoral e, se for, volte com cuidados redobrados, sem se expor a pessoas de risco
- Evite reuniões em ambientes fechados
- Preste atenção porque a transmissão está ocorrendo dentro da sua própria casa
- Higienize as mãos e utilize máscara, principalmente em locais fechados