Especialistas debatem sobre saúde mental na Câmara de Vereadores de Santa Maria

Fotos: Mateus Ferreira (Diário)

Na manhã desta quarta-feira (27), o 1º Simpósio de Saúde Mental "Multiplicadores do bem-estar" reuniu especialistas de diferentes áreas, na Câmara de Vereadores de Santa Maria. 

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Com o objetivo de ampliar o diálogo sobre saúde mental e a prevenção ao suicídio, que é foco da campanha Setembro Amarelo, os profissionais abordaram as pautas no âmbito familiar, nas empresas, na educação e nos serviços públicos, além de analisar o papel das práticas integrativas e complementares em saúde (Pics) no atual cenário. 

Debate

Por volta das 8h, o público chegava ao plenário da Câmara de Vereadores. Na abertura do evento, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom; o presidente da Câmara de Vereadores, Givago Ribeiro e a presidente do Rotary Club de Santa Maria, Zoely Cordenonsi, formaram a mesa principal.

Com mediação da assistente social Rizieri Buzzatte, o primeiro painel tratou sobre a saúde mental nos serviços públicos e contou com a presença da servidora pública da Secretaria Municipal da Saúde e fonoaudióloga do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) O Equilibrista, Michelle Knoll. Na oportunidade, ela apresentou os serviços que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial do município. Segundo Michele, todos os serviços de saúde mental apresentaram aumento na demanda nos últimos anos. 

–Todos os serviços possuem suas equipes. E falando do Caps infantil, temos uma equipe composta por servidores públicos e residentes da UFSM e UFN, além de estagiários. Se o nosso serviço só tivesse servidores não teria perna para atender toda Santa Maria e mesmo assim com essa equipe, não conseguimos atender a demanda, que aumentou muito com a pandemia –comenta Michelle ao falar sobre os desafios enfrentados pela rede. 

A temática sobre a perspectiva familiar foi debatida com o público pela psicóloga Luciane Beltrami, em um painel mediado por Loidy Kosmalski.

– É preciso escutar sem julgar, porque não sabemos o que está se passando na vida daquela pessoa, o que acontece entre quatro paredes. Às vezes, nem quem está do lado sabe. Se houver uma comunicação aberta, a pessoa pode se encorajar a falar um pouco mais – enfatiza a psicóloga.

Representando o Grupo Diário, a jornalista da editoria de Geral e setorista da Saúde, Arianne Lima, mediou os painéis sobre saúde mental na educação e nas empresas. 

Na educação, o policial cívil e membro da Rede de estudos e pesquisas sobre desenvolvimento na Infância, Adolescência e Juventude (Redijuv) da UFSM, Lenon Goulart de Vargas, falou sobre a importância do diálogo sobre o tema dentro das escolas. Há 6 anos trabalhando com crianças e adolescentes a partir do programa Papo de Responsa, ele destaca que a missão não é aproximar a polícia da comunidade, mas sim aproximar cada vez as pessoas. Mesmo com foco na prevenção ao consumo e tráfico de drogas, a iniciativa tem contribuído também no acolhimento dos estudantes, uma vez que tem os encontros, seguidos de conversas, também são vistos como espaços de escuta.

A questão da saúde mental nas empresas foi abordada na sequência pela psicóloga Suséli Santos, que explanou sobre as estratégias que devem ser adotadas pelas instituições na atualidade, o impacto do uso das tecnologias e a síndrome de Burnout, que é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional resultante do excesso de trabalho. 

– Cuidar da saúde do seu colaborador é cuidar da saúde de empresa – afirmou a psicóloga.

Do quinto e último painel, participaram o médico Jorge Luiz Palma Freira e o professor e coordenador do Núcleo de Apoio Psicopedagógico da Antônio Meneghetti Faculdade, Bruno Fleck da Silva, para falar sobre práticas integrativas e complementares em saúde (Pics), destacando-as como estratégias de promoção da saúde na sociedade atual.

Contribuições

A programação foi encerrada com uma mesa redonda formada pelo porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV), Amilton dos Passos, e demais painelistas. Na ocasião, propostas relacionadas a saúde mental e emocional foram elencadas pela comunidade santa-mariense. As colocações devem contribuir para a construção de políticas públicas que auxiliem na redução dos atuais indicadores.

O simpósio foi uma realização dos sete clubes de Rotary do município (Rotary Club de Santa Maria, Rotary Club de Santa Maria Dores, Rotary Club de Santa Maria Sul, Rotary Club de Santa Maria Vento Norte, Rotary Club de Santa Maria Locomotiva, Rotary Club de Santa Maria Imembuí e Rotary Club de Santa Maria Nordeste) e Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria. As atividades também contam com o apoio da prefeitura de Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Faculdade Antônio Meneghetti, Centro de Valorização da Vida (CVV) e do Grupo Diário.


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