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Com 10 mil doses e oito ações, semana tem a maior aplicação de vacinas

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Foto: Fabiano Marques (Especial)

Com oito ações de vacinação e 10.183 doses aplicadas, a semana terminou como a mais movimentada dos últimos quatro meses, quando a campanha começou em Santa Maria. Isso acontece porque recentemente foi possível montar um calendário com antecedência, prevendo todas as ações de uma semana.

De acordo com o secretário de Saúde, Guilherme Ribas, a expectativa era 13 mil doses de segunda a sexta. O montante ficou abaixo, mas, ainda assim, foi a semana com maior aplicação de imunizantes: 6.685 da primeira dose e 3.498 da segunda, que estava atrasada para idosos de 64 e 65 anos.

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- Avaliamos como positivo, visto que chegamos à faixa etária limite nas comorbidades. Tivemos ações com pouca procura durante a semana, mas sábado compensou. É preciso levar em conta a complexidade, quando as pessoas precisam apresentar muitos documentos, e a triagem demora mais. Para os idosos, era só conferir a identidade. Isso faz com que seja demandada uma maior energia - afirma Ribas.

SEM ESTIMATIVA
Ainda segundo o secretário, não há uma estimativa de quantas pessoas com comorbidades são aptas a receber a vacina. As regras são mais rígidas do que para a Influenza (quando 32 mil santa-marienses podem ser vacinados). Isso dificulta o planejamento de números na destinação de doses.

- Na vacina da gripe, qualquer um com hipertensão pode se vacinar. No caso da Covid, só os mais graves. Isso confunde as pessoas, que ficam em dúvida se podem ir nas ações. Esperávamos uma procura maior, mas com essa rigidez, está dentro da normalidade - explica.

Até agora, 14,5 mil pessoas com comorbidades foram vacinadas. Para as pessoas deste grupo, que ainda não foram a nenhuma ação, a prefeitura continuará a aplicação nesta semana. A intenção é encerrar a vacinação desse público-alvo na sexta-feira. Na última semana, restaram cerca de 3,8 mil doses que serão aplicadas a partir desta segunda. 

O total de primeiras doses aplicadas na cidade até agora é de 80.409. Já o número de segundas doses é de 36.277. 

Doses aplicadas em Santa Maria

Grupos prioritários1ª dose2ª dose
60 anos ou mais45.84124.673
Trabalhadores da saúde 15.264 9.610
Comorbidades14.5890
Segurança pública1.4690
Acamados1.251624
Cuidadores1.237624
Lares de longa permanência1.237674
Indígenas8172

Dados atualizados em 22 de maio 

 Quais as dificuldades de chegar ao público das comorbidades?

Apesar de haver uma quantidade expressiva de pessoas com doenças crônicas imunizadas, algumas ações tiveram procura abaixo do esperado durante a semana. Na terça e na quinta-feira, quando foram disponibilizadas 3 mil doses em cada dia, menos de 1 mil pessoas com comorbidades foram aos locais de vacinação. De acordo com o médico epidemiologista da prefeitura, Marcos Lobato, três fatores podem ajudar a explicar essa ausência nos últimos dias.

Uma das causas está relacionada ao fato deste grupo prioritário ser composto por pessoas mais jovens que, na maioria, trabalham. Por isso, têm dificuldade de comparecer em ações específicas - exemplo disso foi que ocorreu no sábado, dia em que mais pessoas procuraram a vacina.

- Se tivéssemos mais vacinas e fosse possível deixá-las disponíveis todos os dias e em todas as unidades básicas de saúde, o alcance seria maior, porque a pessoa poderia procurar quando quisesse. Hoje, isso não é possível porque chegam poucas vacinas. Apesar disso, já avançamos em conseguir prever um calendário semanal - analisa Lobato.

Ainda segundo o médico, outro fator decisivo é a falta de informação e de acesso a alguns públicos. Mesmo que as Estratégias Saúde da Família (ESF) realizem um trabalho de acompanhamento de doentes crônicos e, com base nisso, agendem a vacinação para essas pessoas vinculadas, ainda não é possível alcançar a totalidade de quem vive nas áreas periféricas.

- A maioria das pessoas, que vive em áreas afastadas, não consegue até o centro para fazer uma vacina. Por isso, as ESFs são importantes, são mais próximas. Mesmo assim, não são todas as pessoas que possuem cadastro. Algumas nem sabem que têm direito a se vacinar - pondera o epidemiologista.

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SEM ESCOLHAS
Por fim, Lobato relata que ainda há pessoas que querem escolher a vacina. Neste momento, apenas a Oxford/AstraZeneca está disponível no município. Há resistência por parte de pacientes e até de médicos em relação a esse imunizante, já que há uma investigação em curso sobre a possibilidade da vacina provocar trombose.

- Mais uma vez, é a falta de uma informação correta. Houve caso de trombose em outros países, mais isso está sendo investigado para se saber se realmente está associado à vacina. Só que é um caso em um milhão. A probabilidade de se morrer por Covid-19 é muito maior do que isso, é quase um em 3 mil. Hoje, não existe nenhuma contraindicação da vacina de Oxford para pessoas com comorbidade. Se tem apenas a suspensão temporária para gestantes - destaca.

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