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Aparelho de ressonância do Husm vai começar a funcionar em setembro

Dandara Flores Aranguiz


Foto: Assessoria de Comunicação do Husm
Já são quase sete anos de espera para o equipamento operar. Ele foi testado recentemente

Depois de ficar quase sete anos parado sem utilização, o aparelho de ressonância magnética do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) deve começar a funcionar em setembro. Adquirido em abril de 2011, por pouco mais de R$ 1,6 milhão, e entregue ao hospital em 15 de dezembro do mesmo ano, o equipamento ainda não havia sido instalado. De acordo com a superintendência do Husm, os últimos ajustes e testes já foram feitos e, agora, novos profissionais devem ser contratados e treinados para que a máquina, que pesa sete toneladas, entre em operação.

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- A equipe fez os primeiros exames, calibrou o equipamento, verificou a qualidade da imagem, o abastecimento do gás hélio, a verificação da temperatura. Os técnicos ficaram vários dias aqui. O que falta é a capacitação da equipe que vai circular ali. O treinamento será oferecido, ainda em agosto, pela empresa que vendeu o equipamento. Nós não trabalhamos com outra hipótese que não seja começar a fazer os exames em setembro - relatou a superintendente do Husm, Elaine Resener.  

Com isso, a novela que se arrasta há anos, desde a compra até a definição do local de instalação, deve ter um fim. O aparelho - o primeiro de ressonância magnética do Husm e o único de Santa Maria a oferecer o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - chegou a ficar quase cinco anos em um depósito, aguardando a construção de uma nova sala para instalação, já que ele era mais pesado do que suportava a sala prevista para recebê-lo. Um gerador será instalado ainda neste mês para dar garantia para as oscilações de energia e não comprometer o equipamento.

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- Para as equipes, significa uma segurança de que a complementação diagnóstica possa ser feita aqui dentro. Para o paciente, é imensurável a qualidade e o conforto de poder fazer o exame dentro da instituição - comentou Elaine.  

A NOVELA

  • O equipamento foi adquirido em 1º de abril de 2011, por meio de Pregão Eletrônico, no valor de R$ 1.605.000,00
  • A entrega do equipamento foi feita em 15 de dezembro de 2011
  • Em 2012, o Husm deu início ao projeto arquitetônico para obra necessária de peparação da sala que ia receber o equipamento (o impasse ocorreu porque o aparelho comprado era muito pesado). A obra foi licitada três vezes e começou em janeiro de 2014. Depois de 10 aditivos, o contrato foi rompido em 25 de dezembro de 2015, com 87,92% da obra concluída
  • O Husm assumiu o término da obra, concluída em fevereiro de 2016
  • A partir daí, a empresa que vendeu o equipamento teve de encomendar, do Exterior, peças que faltavam para a máquina entrar em operação
  • No ano passado, quando o Husm foi cobrar das empresas a instalação, nem a fabricante, nem a empresa vencedora da licitação queriam se responsabilizar. Com o impasse resolvido, a GE (fabricante) fez a instalação e os ajustes necessários para o início do funcionamento do aparelho

CONTRATAÇÕES

Para que o aparelho comece a operar dentro do Husm, a direção já acionou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o hospital, para fazer novas contratações. Conforme Elaine, 15 novos profissionais devem ser contratados: três médicos radiologistas, dois enfermeiros, quatro técnicos em radiologia, quatro técnicos em enfermagem e dois assistentes administrativos.

Para os cargos de assistente administrativo, enfermeiro e técnico em enfermagem, serão chamados candidatos classificados no concurso anterior. Já para os cargos de médico e técnico em radiologia, a Ebserh está buscando, na rede de hospitais do país, a possibilidade de chamar concursados de outros Estados. Outra possibilidade avaliada é a contratação temporária desses profissionais enquanto é providenciada a contratação definitiva ou seja feito um processo seletivo simplificado.


Foto: Assessoria de Comunicação do Husm
Já são quase sete anos de espera para o equipamento operar. Ele foi testado recentemente

- Não é o ideal no serviço público, preferimos o concurso, mas, para atender rapidamente essa situação, nós vamos ser autorizados a fazer o processo simplificado caso seja necessário - complementa Elaine. 

Gastos mais de R$ 8 milhões em clínica privada

Enquanto o equipamento não é usado, o Husm precisa comprar a cota dos exames solicitados na rede particular do município. De acordo com um documento de setembro de 2017, resultado de auditorias feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU), em 31 de março de 2017, o Husm firmou contrato emergencial com a Clínica Radiológica Caridade para a prestação desses serviços, no valor total de R$ 626.275,00, o que significa um desembolso mensal de R$ 104.379,16.

O contrato, renovado a cada seis meses, tem vigência até 31 de agosto. Com base em cálculo feito pela CGU, estima-se que, durante o período de atraso na instalação do equipamento (seis anos e oito meses), o Husm desembolsou cerca de R$ 8,3 milhões em exames em clínica privada. Atualmente, são encaminhados entre 70 a 90 solicitações de exames por mês.

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Dentre as recomendações evidenciadas pela CGU, o Husm deveria adotar as medidas cabíveis para buscar, junto à empresa GE Helthcare (fabricante do equipamento), o ressarcimento dos prejuízos causados ao hospital pelo atraso na instalação a partir da conclusão da obra da nova sala (fevereiro de 2016). De acordo com Elaine Resener, superintendente do Husm, já há um processo aberto e em tramitação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para cobrar esse ressarcimento.  

- Não significa que agora esse exame não vai ter custo. O custo, talvez, seja um pouco menor, pois não vai ter transporte até outro local. Enviamos e pagamos só os exames estritamente necessários, então, a demanda aqui vai aumentar - explica a superintendente. 

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