surto de toxoplasmose

Análise da água das barragens de Santa Maria começa em 1º de outubro

Dandara Flores Aranguiz


Foto: Charles Guerra (Diário)

A Superintendência Regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) já estabeleceu o cronograma de coletas de amostras da água que abastece Santa Maria, conforme recomendação feita pelo Ministério da Saúde. As primeiras ações estão previstas para começar no dia 1º de outubro. Na semana passada, a companhia e a Vigilância em Saúde receberam um relatório dos técnicos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), órgão do ministério, que estiveram na cidade, em julho, fazendo vistorias no sistema hídrico (barragens, reservatórios, centro de controle operacional e estação de tratamento) como estratégia de prevenção de novos casos de toxoplasmose.

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Conforme o superintendente regional da Corsan, José Epstein, o cronograma será enviado ao Ministério da Saúde e à Vigilância em Saúde de Santa Maria, que poderá fazer o acompanhamento rotineiro dessas coletas e dos resultados dos exames laboratoriais, que, a partir de agora, passa a fazer a análise para a presença do protozoário toxoplasma gondii.

- O procedimento de coleta vai ser construído junto com a equipe do Laboratório de Parasitologia, Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vai nos orientar em relação aos pontos de coleta. O material será coletado pelos nossos técnicos e, daqui, vai direto para o laboratório - explicou Epstein.

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De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Alexandre Streb, a análise dos laudos desses exames pela Vigilância é obrigatória e foi uma das recomendações feitas no documento do Ministério da Saúde.

Na prática, a cada 15 dias, durante um ano, a Corsan terá que fazer esse procedimento na barragem do DNOS e na Estação de Tratamento de Água (ETA), ambas em Santa Maria. O mesmo procedimento deverá ser feito a cada 30 dias, também durante um ano, na barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra.

NOVAS AMOSTRAS
A Corsan e a Vigilância em Saúde ainda aguardam o resultado de 10 amostras coletadas durante a limpeza dos reservatórios da companhia, procedimento realizado em julho. Todas as outras amostras deram resultado negativo para a presença do protozoário toxoplasma gondii. Segundo a Vigilância em Saúde, novas amostras da barragem do DNOS serão coletadas. Também serão feitos exames de sangue dos animais criados no entorno da barragem.  

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Além disso, a Vigilância ampliou os pontos de captação de água monitorados mensalmente pelo Vigiagua Municipal e redirecionou outras áreas. Também está sendo feito um monitoramento em locais em que não há abastecimento de água pela Corsan, como nos distritos.

RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Compete à Vigilância em Saúde

  • As inspeções sanitárias nos reservatórios, por parte do Vigiagua Municipal, devem ser rotineiras, tanto como forma de acompanhamento das melhorias preconizadas quanto pela competência conjunta da companhia e do setor de saúde na garantia da qualidade da água de distribuição e circulação
  • Para diminuir os riscos devido ao abastecimento de água por outras fontes, foi recomendado que o Vigiagua Municipal faça cadastramento ou atualização dos cadastros das soluções alternativas para o consumo de água nas áreas desabastecidas pela Corsan (de acordo com o superintendente da Vigilância em Saúde, esse mapeamento já está sendo feito com o levantamento nos distritos)
  • Encaminhar à Corsan informações sobre surtos e agravos à saúde relacionados à qualidade da água para consumo humano

Compete à Corsan:

  • Monitorar a água de captação da barragem do DNOS para os parâmetros toxoplasma gondii, giárdia e cryptosporidium a cada 15 dias, por 12 meses;
  • Monitorar a água de captação da barragem Saturnino de Brito para os parâmetros toxoplasma gondii, giárdia e cryptosporidium a cada 30 dias, por 12 meses;
  • Monitorar a água de recirculação, retrolavagem e filtros na Estação de Tratamento de Água (ETA) para os parâmetros toxoplasma gondii, giárdia e cryptosporidium a cada 15 dias, por 12 meses;
  • Enviar para o Vigiagua, com antecedência mínima de 30 dias, o cronograma de limpeza dos reservatórios e comunicar qualquer alteração desse cronograma;
  • Comunicar o Vigiagua e a população sobre interrupções do fornecimento de água e o prazo previsto para normalização;
  • Comunicar o Vigiagua de anormalidades e serviços de intermitência;
  • Comunicar o população sobre problemas de contaminação na água, orientando sobre a eventual necessidade de esvaziar e lavar os reservatório domiciliares

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