surto de toxoplasmose

'Não é possível ainda falar sobre a origem de infecção do surto', diz Ministério da Saúde

Foto: Thays Ceretta (Diário)
Participaram da coletiva, os representantes da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Roberto Schorn (à esq.); do Ministério da Saúde, Renato Alves (centro); e da Vigilância em Saúde de Santa Maria, Alexandre Streb 

O Ministério da Saúde, que está em Santa Maria há quase dois meses investigando a origem do surto de toxoplasmose, convocou uma entrevista coletiva (veja a íntegra na transmissão AO VIVO do Diário, abaixo) nesta segunda-feira para divulgar o relatório da primeira etapa da investigação. 

Conforme Renato Alves, coordenador-geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, a equipe está deixando a cidade após esta primeira etapa de investigação. No começo da coletiva, foram divulgados os números atualizados de casos. São 569 casos confirmados até agora. Até a semana que passou, eram 510 casos.

  • 1.430 casos notificados
  • 1.103 casos suspeitos
  • 569 casos confirmados
  • 50 gestantes positivas para toxoplasmose
  • 3 óbitos fetais
  • 2 abortos

Além dos números, foram divulgados os dados atualizados de casos por bairros da cidade:

Após a introdução inicial, foi aberta a possibilidade de perguntas aos jornalistas, respondidas pelo representante do Ministério da Saúde, Renato Alves. Confira os principais pontos:

1) O surto está no final?
Resposta - Os números nos mostram que o pico da exposição já passou se olharmos para a curva, mas temos de manter as medidas de prevenção porque a toxoplasmose é uma doença endêmica.

2) O Ministério da Saúde chegou a divulgar que só reconhecia 88 casos. Mas, neste momento, foi divulgado que são 569 casos...
Resposta - O Ministério reconhece o número de casos totais. O que ocorre é que a equipe fez um recorte/amostragem neste universo maior, pegando 88 casos para fazer a investigação mais profunda, para tentar chegar à origem do surto.

3) Teremos medicamentos para todos? Quando o governo vai enviar?
Resposta - Houve uma mudança na forma de compra desses medicamentos desde o ano passado e receberíamos lotes licitados em outubro. Em meio a essa mudança, ocorreu o surto aqui em Santa Maria. Por isso, os governos do Estado e do município estão providenciando medicamentos emergenciais para garantir o tratamento até que a remessa regular do governo federal chegue.

4) Já é possível apontar a origem do surto?
Resposta - Não é possível ainda falar sobre a origem de infecção. Ainda temos uma análise preliminar e os dados precisam ser analisados melhor. É prematuro ser apontado a origem. Acabamos a primeira etapa que é a coleta dos dados por meio de questionários. Ainda é necessário analisar os dados

5) Quais os próximos passos a partir de agora já que ainda não foi descoberta a origem do surto?
Resposta _
Não podemos precisar um período ainda de investigação da origem do surto. Mas como estamos em uma situação de necessidade, precisamos de respostas rápidas. Agora, vamos fazer as análises da pesquisa coletada aqui em Santa Maria. Por enquanto, nada está descartado.

6) O MPF ajuizou uma ação contra o governo federal para que novos medicamentos sejam enviados a Santa Maria. Como está essa situação?
Resposta _
Tanto as ações de remanejamento de medicamentos feitas pelo Estado como a compra emergencial pelo município de Santa Maria são para garantir que não faltem medicamentos e não se comprometa o tratamento. A princípio, hoje, por causa dessas ações, não há risco de comprometer o tratamento dos pacientes. (Renato Alves)

Acredito que com essas ações, temos garantir que vamos conseguir manter a demanda abastecida por mais 3 meses. (Roberto Schorn, coordenador da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde)

Ao final da coletiva, o superintendente da Vigilância em Saúde de Santa Maria, Alexandre Streb, afirmou que as ações de fiscalização em estabelecimentos estão sendo feitas nesses dois meses e continuarão sendo feitas.

VEJA AO VIVO


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