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'É um desafio muito grande e uma responsabilidade maior ainda', afirma novo superintendente do Husm

A superintendência do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) está sob comando do médico ortopedista e traumatologista Humberto Moreira Palma depois da gestão da professora e médica Elaine Resener. Palma já era diretor-clínico do Husm e foi nomeado superintendente pelo presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Oswaldo de Jesus Ferreira.

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O HUSM EM 2021
Dados de janeiro a novembro

  • Número de leitos (clínicos e UTIs) - 390
  • Internações - 14.006
  • Cirurgias - 6.762
  • Partos - 1.849
  • Consultas - 170.073
  • Exames laboratoriais - 811.382

Em entrevista à CDN, ele avaliou o cenário da pandemia de Covid-19 em 2021 e como o Husm se modificou em diferentes momentos do ano. Palma também falou sobre cirurgias e procedimentos por outras doenças, que também tiveram impacto da pandemia. A testagem para a Covid-19, que parou de ser feita no Husm, e a divisão de internações com o Hospital Regional também foram temas.

Diário - O Husm atende muitas cidades da região. Como o senhor assume essa responsabilidade no lugar da doutora Elaine, que tinha um vinculo forte com o Husm?

Humberto Palma -  É um desafio muito grande e uma responsabilidade maior ainda substituir a doutora Elaine. Ela é um marco e referência em gestão hospitalar no Rio Grande do Sul e no Brasil. Muito respeitada nos hospitais que formam a rede da Ebserh.

Diário - O hospital se modificou durante a pandemia com ampliação de leitos, agora, com o momento atual da Covid, como está o Husm?

Palma - Hoje o Husm se  encontra mais tranquilo. Temos aproximadamente três pacientes internados. A grande parcela da população vacinada é a grande responsável pela diminuição global de casos, associado também às medidas de comportamento. O hospital vem se adaptando a essas mudanças, sempre preparado, e a gente nunca descarta uma possível agudização. Mas pensamos que isso não aconteça mais. Reestruturamos os recursos humanos, tecnológicos e espaços para atender a outras doenças que não pararam de acontecer durante este período. Foram consideradas uma onda paralela, os pacientes que atrasaram tratamento ou diagnóstico. 

Diário - E há a possibilidade do Hospital Regional, que passou a ter internações só depois da pandemia, ser a referência para esses casos para que o Husm possa atender essas outras demandas?

Palma - Não é numa virada de chave. É passo a passo. Tem casos internos que temos que manter os pacientes e o suporte para pacientes Covid no hospital. Já há uma centralização de pacientes oriundos da rede pública para o Hospital Regional. 

Diário - Quantos pacientes deixaram de fazer cirurgias devido à pandemia no Husm?

Palma - A gente sabe que temos 3 a 4 mil pacientes aguardando cirurgia de diversas especialidades. Muitos, previamente à Covid. Outros que começaram a entrar nas listas agora. É um número difícil de precisar, em virtude de ter represado. O que nós fazemos é entrar em contato com o paciente para manter dados atualizados, eventualmente pacientes se mudam de região, outros vão a óbito.

Diário - E quanto à testagem para Covid no Husm, há previsão para a retomada?

Palma - Nós estamos estudando isso. A intenção é que tenhamos testes de qualidade e com segurança para colocar para a população não um teste qualquer.

Diário - É observada a movimentação da variante Ômicron em escala mundial. No Husm, também existe esta preocupação?

Palma - A gente sabe que a chance de chegar existe. O que é importante é testar. Temos que testar bastante. O Brasil testa pouco. Só com teste vamos identificar. Não temos conhecimento de nenhum caso, e espero que não tenhamos.

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