19 pessoas precisaram ser internadas por causa da toxoplasmose em Santa Maria

O boletim com os dados atualizados sobre o surto de toxoplasmose em Santa Maria, na última sexta-feira, apresentou, pela primeira vez, informações referentes aos atendimentos médicos. O levantamento preliminar do perfil epidemiológico foi feito a partir de um estudo aprofundado de 79 casos com resultado positivo, que tem por objetivo tentar identificar as causas da doença na cidade. Desses casos, 72 pacientes procuraram atendimento médico devido aos sintomas. Do total, apenas 19 necessitaram de internação hospital e, um, de internação em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ainda, do total de casos em investigação aprofundada, 43 pacientes foram atendidos por médico oftalmologista.

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Os médicos infectologistas reforçam que a pessoa que tem febre alta não pode ficar em casa e precisa procurar atendimento médico. Quem tem febre e sintomas como dor de cabeça e no corpo, dor abdominal e inchaços deve ir até uma unidade básica de saúde ou a uma clínica particular para receber o primeiro atendimento. A partir de um diagnóstico preliminar e de exames, a pessoa já é encaminhada para espaços específicos para atender e orientar os pacientes com sintomas.

TRATAMENTOS
Um desses espaços é a Casa 13 de Maio (localizada na Rua Riachuelo, 364, esquina com a Rua Pinheiro Machado), que serve como um local para orientações e encaminhamento de pessoas com síndrome febril. Conforme os médicos, a maioria dos pacientes já chega com os resultados dos exames com reagente positivo, mas, mesmo assim, eles estão sendo encaminhados para a Vigilância em Saúde para refazer o exame de sangue. Alguns já saem com a receita da medicação para fazer o tratamento.  

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Já no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), foi criado um ambulatório para atender gestantes com toxoplasmose. Todos os atendimentos são encaminhados pela rede básica de saúde.

O espaço mais recente é o ambulatório oftalmológico, que funciona junto à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), criado para atender pacientes com suspeita ou confirmação de toxoplasmose. A equipe médica responsável pelos exames é composta por funcionários do Hospital São Roque, de Faxinal do Soturno.

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Até que se descubra a origem do surto, as medidas de prevenção ainda são a melhor opção, principalmente para as pessoas dos grupos prioritários, que são as gestantes, as crianças até dois anos de idade e as pessoas com imunidade baixa.

OS ATENDIMENTOS
Procurou o médico devido aos sintomas? 

• Sim - 72 pessoas (91,1%)
• Não - 7 (8,9%) 

Internação hospitalar 

• Sim - 19 (25%)
• Não - 60 (75%) 

Internação em UTI

• Sim - 1 (1,3%)
• Não - 78 (98,7%) 

Foi atendido por oftalmologista 

• Sim - 43 (54,4%)
• Não - 36 (45,6%) 

Tratamento com medicamentos

• Sim - 29 (36,7%)
• Não - 50 (63,3%)

O QUE DIZ O BOLETIM

• Até agora, 1.176 casos foram notificados pelos médicos das redes pública e privada à Superintendência de Vigilância em Saúde
• Desses, 825 são suspeitos, e 351 ainda não foram classificados
• Entre os casos suspeitos, 485 foram confirmados com toxoplasmose pelo Lacen-RS
• Desses, 41 são de gestantes
• 185 casos foram descartados
• Outras 155 ocorrências estão em investigação, sendo 110 de gestantes
• A causa da morte de 2 fetos (de 28 e 36 semanas de gestação) foi confirmada por toxoplasmose, assim como 2 abortos (com 14 e 15 semanas de gestação) e 2 casos de toxoplasmose congênita (23 e 53 dias de nascimento)
• 1 caso de aborto (15 semanas) segue em investigação
• A causa de 1 aborto (21 semanas) foi descartada como sendo por toxoplasmose