Foto: Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta segunda-feira (6) em suas redes sociais detalhes de um telefonema amistoso com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O contato ocorreu em meio a meses de atritos comerciais, principalmente relacionados à sobretaxa de 40% aplicada pelos EUA sobre produtos brasileiros.
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No tom da mensagem, Lula destacou a cordialidade da conversa: “Recebi, nesta manhã (6/10), telefonema do presidente Trump. Conversamos por 30 minutos e relembramos a boa química que tivemos no encontro em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU”, afirmou o presidente brasileiro.
Diálogo e negociações bilaterais
Segundo a postagem, Lula considerou o contato uma oportunidade para “a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”. Durante a conversa, o presidente brasileiro ressaltou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços, e solicitou a retirada da sobretaxa de 40% e de medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.
Trump teria designado o secretário de Estado Marco Rubio para conduzir as negociações com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, do chanceler Mauro Vieira e do ministro da Fazenda Fernando Haddad. Lula também informou que ambos concordaram em se encontrar pessoalmente em breve, mencionando possíveis encontros na Cúpula da ASEAN, na COP 30, em Belém, ou ainda uma visita aos Estados Unidos.
Comunicação direta e acompanhamento
O presidente destacou que a ligação contou com a presença de sua equipe próxima: o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad e Sidônio Palmeira, além do assessor especial Celso Amorim. Lula e Trump também teriam trocado números de telefone para estabelecer uma via direta de comunicação.
Analistas veem a iniciativa como um movimento para reduzir tensões comerciais e fortalecer o diálogo bilateral, após meses de críticas indiretas entre os dois líderes. A expectativa agora recai sobre o andamento das negociações e a possível retirada das tarifas que afetam exportações brasileiras.
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