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Novo comandante assume 4º Batalhão de Bombeiros de Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Depois de cerca de nove meses no comando do 10º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), o tenente-coronel José Carlos Sallet de Almeira e Silva, 44 anos, retorna para a cidade onde cresceu. O bombeiro assumiu, desde 23 de maio,  o desafio de comandar o 4º BBM, que cobre 34 municípios da Região Central.

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Na bagagem, ele carrega 27 anos de serviços dedicados aos bombeiros militares e à Brigada Militar no Rio Grande do Sul. De 2007 a 2018 justamente no 4º BBM, onde já atuou como  chefe da Seção de Prevenção de Incêndio.

Pelo contexto da pandemia do coronavírus, Sallet não pôde contar com a cerimônia de posse ao assumir o Batalhão. Entretanto, ele acredita que isso seja minoritário diante do desafio que é demonstrar o trabalho dos bombeiros à comunidade santa-mariense e da Região Central.

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O retorno ao 4º BBM é também um retorno à casa. Apesar de ter nascido em Passo Fundo, Sallet se considera um "santa-mariense emprestado". Foi no Coração do Rio Grande que ele completou a educação básica, serviu no 1º Regimento de Polícia Montada, no 2° Batalhão de Polícia de Choque, e na Escola de Formação e Aperfeioamento de Sargentos (Esfass). Quando era capitão da BM, cursou Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), formando-se em 2005. Atuou, ainda, na Academia de Polícia Militar, em Porto Alegre, e no 10º Batalhão de Polícia Militar, em Vacaria.

Diário _ Como o senhor avalia sua experiência no comando do 10º Batalhão de Bombeiros Militar em Santana do Livramento?
Tenente-coronel José Carlos Sallet de Almeida e Silva _ Claro que o nível de complexidade do 10º Batalhão é bem menor que o 4º. O nível de ocorrências é menor que aqui. Lá são 13 municípios, embora todos muito distantes. Aqui são 34. O índice populacional aqui também é bem maior do que o da fronteira. Claro, a questão administrativa, técnico-operacional, não muda, é a mesma. Só muda o volume e o nível de complexidade das ocorrências. É de praxe começar a comandar batalhões de menores cidades até assumir batalhões com uma carga um pouco mais complexa. 

Um ano e meio em Santana do Livramento. Um aprendizado muito grande. Foi a primeira unidade que eu comandei, primeiro batalhão, então o aprendizado foi fenomenal. A cultura fronteiriça é bastante diferente. Santa Maria é uma cidade muito cosmopolita, tem gente de todos os estados do Brasil. E, na fronteira, é bem peculiar, tem características da região, da fronteira com Uruguai, com Argentina. E serviu para aprendizado e experiência para assumir o comando aqui.

Diário _ No contexto da pandemia, há alteração nas demandas dos bombeiros?
Sallet _ Na verdade, a nossa forma de atuação não sofreu muitas alterações. Nossos equipamentos de proteção individuais (EPIs) já eram vistos para a segurança: máscaras de proteção contra gases, equipamento de proteção respiratória. A máscara que devemos usar por determinação do governo do Estado estamos usando direto. Mas, nas ocorrências, não houve grandes alterações na questão da segurança. 

É claro, tem a questão da higienização, limpeza mais seguida das viaturas. Isso tudo foi implementado, um cuidado a mais para quem está tanto no serviço administrativo quanto no operacional. Mas, em termos de atendimento operacional, não houve alterações ou demanda anormal. Em termos de ocorrência, também não houve grande diferença. O volume de ocorrências deu uma redução, mas já está normalizando. Situações de acidente trânsito, acidente de trabalho... diminuiu um pouquinho. Na média anual, houve um certa diminuição, mas, vai voltando a vida normal aos poucos, é natural que as ocorrências acabem voltando também.

Diário _ O senhor não pôde ter a cerimônia de posse. O quanto fez falta a formalidade?
Sallet _ É praxe a cerimônia de transição de comando. E a época é imprópria pra isso. A gente chega e vai tocando o serviço, só que essa apresentação formal para a comunidade ficou diferente por causa do coronavírus. Mas isso não vai, de forma alguma desmobilizar ou impedir que a gente possa se inserir na comunidade e apresentar o comandante como referência do Corpo de Bombeiros da região. Mas, claro, é uma situação diferente. Depois perde o timing. Com certeza, quando pudermos conviver e nos abraçar, vamos fazer alguma atividade. Na Semana de Prevenção que ocorre todo ano no mês de julho, poderemos nos apresentar de maneira formal para a sociedade.  

Diário _ O senhor já foi chefe da Seção de Prevenção de Incêndio. O quanto isso auxilia para exercer a função de comandante?
Sallet _ Eu tenho cursos na área de salvamento terrestre. Já trabalhei na prevenção, no socorro. Nós somos um pouco generalistas, temos conhecimento amplo das missões. Até para poder assessorar o efetivo nas demandas. Não há especialização formal em prevenção de incêndios, mas trabalhei muito tempo, o que acaba gerando uma intimidade com a matéria. É um dos pilares da nossa instituição, a prevenção de incêndio. Não podemos chegar para comandar batalhão sem o conhecimento.

Atuamos em qualquer área. E a função de comandante é diferente. Não pode se investir em uma só determinada área de atuação dos bombeiros, tem que ser generalista mesmo, jogar em todas as pontas.

Diário _ Como o senhor classifica a missão de assumir o comando do 4ºBBM?
Sallet _
É uma responsabilidade muito grande, felicidade. Responsabilidade porque nós temos que dar resposta para os nossos familiares, nossos amigos e, principalmente para a comunidade em geral. Não deixar que o serviço de excelência que é prestado hoje tenha qualquer queda. Então, é uma responsabilidade de ajudar sempre o Batalhão e fazer com que o nosso serviço seja cada vez melhor e consigamos o reconhecimento por parte do próprio efetivo, por estar liderando a equipe que é qualificadíssima. E apresentar para a comunidade o serviço tão caro a todos nós, a prevenção a incêndios, principalmente, e os outros atendimentos. É um desafio.

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