Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) ofereceu, na quarta-feira (17), denúncia criminal contra 21 pessoas investigadas por envolvimento em um esquema de estelionato conhecido como “golpe do falso consórcio”, em São Francisco de Assis.
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Além dos dois crimes de estelionato, os denunciados respondem por associação criminosa armada e crime contra as relações de consumo. Conforme o MPRS, o prejuízo apurado ultrapassa R$1,8 milhão.
A promotora de Justiça Carolina Reinheimer, responsável pelo caso, aponta que as fraudes foram praticadas entre os meses de julho e novembro deste ano, por meio de empresas sediadas em Passo Fundo. Segundo a denúncia, os investigados apresentavam propostas fraudulentas que prometiam contemplação imediata em consórcios, induzindo as vítimas a efetuarem pagamentos sucessivos sob a justificativa de “entrada” ou “lance”.
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Convencidas de que cada depósito garantiria a liberação rápida da carta de crédito, as vítimas realizaram transferências financeiras repetidas. Em um dos episódios descritos na denúncia, o prejuízo individual superou um milhão de reais. O Ministério Público sustenta que não havia intenção de contemplação e que o modelo adotado tinha como único objetivo a obtenção de vantagem ilícita.
A investigação também identificou a atuação de uma associação criminosa com caráter estável e permanente, estruturada para dar aparência de legalidade às fraudes. Durante as diligências, foram apreendidas armas de fogo e munições em endereços ligados a integrantes do grupo. Outro elemento considerado relevante foi a constatação de escolta dos acusados por uma viatura da Brigada Militar, circunstância que, segundo o MPRS, reforça a gravidade da organização criminosa.