Feminicídio

Judiciário aceita denúncia contra homem que matou gestante enforcada

A denúncia do Ministério Público contra homem que matou uma gestante enforcada foi aceita pela Vara Criminal da Comarca de Alegrete. Com isso, Paulo Cezar Franco da Silva Júnior se torna réu no processo criminal que apura o feminicídio de Dienifer Aranguiz Gonçalves. Grávida de seis meses, a jovem de 18 anos teria sido enforcada pelo companheiro, em maio de 2021.

O juiz Rafael Echevarria Borba, que aceitou a denúncia, considerou haver provas suficientes que indicam a autoria do companheiro da vítima no crime. Paulo Cezar teria simulado conversas fictícias após a vítima já estar morta. Ele também teria entrado em contradições durante o interrogatório, além do nó militar utilizado para enforcar a jovem, já que o acusado é soldado do Exército.

O magistrado destacou, entre as provas apresentadas, a extração de dados dos celulares do casal. As informações constataram que no dia em que Dienifer foi assassinada, das 3h47min até as 5h02min, o aparelho celular da vítima esteve conectado na rede móvel instalada no endereço onde o casal residia - o local do crime. 

Apenas a partir das 5h08min, horário em que o suspeito deu entrada em um hotel da cidade, o dispositivo pertencente a ela (e do qual ele estava na posse) esteve conectado à rede móvel sem fio que pertence ao celular de propriedade do réu, correspondendo ao horário em que ele saiu do local do crime e chegou no hotel.

— Essas provas indicam que Paulo Cezar Franco da Silva, na posse de ambos os aparelhos celulares (o próprio e o da vítima), estava no local do crime, no momento da morte, que ocorreu entre 02h e 04h da madrugada — observou o magistrado. 

Assinada pela promotora pública Rochelle Jelinek, a denúncia acusa o réu por feminicídio praticado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e dissimulação.

De acordo com a acusação, o homem acreditava que o bebê não era dele, queria a separação e ir embora da cidade. Na noite do crime, houve uma briga entre o casal. Dienifer foi sedada e enforcada em uma corda com nó militar, pendurada na grade da janela do quarto do casal. A cena do local foi alterada para simular suicídio.

A prisão preventiva do réu também foi decretada, estando ele recolhido no Presídio Estadual de Alegrete.

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