morte violenta

Preso por assassinato de jovem já havia feito ameaça e cumpria liberdade condicional

da redação*


Foto: Arquivo Pessoal

A jovem enforcada com fios de luz Mariene Rossi Teixeira, 29 anos, foi sepultada às 10h deste domingo no Cemitério Colônia da Conceição, em Santa Maria. Ela foi encontrada morta no sábado, na Rua dos Pedreiras, no Bairro Alto da Boa Vista. O suspeito do crime, Everton de Jesus Farias, 26 anos, foi preso em flagrante e encaminhado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

De acordo o registro de ocorrência, o caso, inicialmente, era tratado como suicídio. Porém, populares contaram para a polícia que poderia se tratar de um homicídio. Chegando no local, por volta das 10h30min, os policiais encontraram a vítima enforcada com um fio de luz dentro da residência, com o queixo sangrando, amarrada em um banco de madeira e seminua. Ainda conforme a Brigada Militar, no chão da sala havia muito sangue. Este foi o 20º assassinato do ano em Santa Maria. 

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De acordo com a delegada Alessandra Padula, responsável pelas investigações, o caso é tratado, inicialmente, como latrocínio (roubo com morte), pois na casa do suspeito foram encontrados um celular, um notebook e um secador de cabelo da vítima, além de uma colcha suja de sangue. Ela acredita que o crime tenha acontecido durante a madrugada. Ainda segundo a delegada, Éverton estava em liberdade condicional. Ele havia sido preso por estupro em Canoas.

O suspeito é ex-namorado de uma familiar de Mariene. A delegada confirma que há um boletim de ocorrência por ameaça registrado recentemente em Santa Maria pela ex-companheira de Éverton. Ainda segundo a delegada, o suspeito nega a autoria do crime. 

- Ele nos contou uma história de que foi assaltado e, por isso, estava machucado, com sangue na colcha. Aguardamos a perícia para saber se a morte foi por estrangulamento mesmo. Além disso, queremos identificar se o sangue encontrado na colcha do suspeito é da vítima. Vamos ouvir os familiares dela a partir de hoje, para tentar entender a motivação - destaca a delegada.


Foto: Pedro Piegas (Diário)
Mariene foi morta em casa, na Rua dos Pedreiras

SONHO DE SER PROFESSORA
Mariene era vendedora e trabalhava na loja de calçados Novo Hamburgo. Além disso, a jovem cursava Pedagogia na Uninter e tinha o sonho de ser professora. Conforme o irmão André Rossi, ela estava fazendo estágio em uma creche da cidade. Mariene era solteira e não tinha filhos. 

- Ela estava em uma fase da vida muito boa. Nós fomos criados com muita dificuldade, porque somos entre nove irmãos. Ela sempre foi muito trabalhadora e estava correndo atrás dos sonhos. A casa onde ela morava sozinha, ela comprou com muito esforço. Essa casa própria foi um sonho que ela realizou. O de ser professora, infelizmente, ela não conseguiu realizar - conta o irmão. 

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Segundo André, a irmã enviou uma mensagem em um grupo de Whatsapp da família por volta das 3h20min de sábado avisando que o suspeito estava batendo em sua janela, dizendo que foi assalto e pedindo para tomar um banho na casa dela. Mas, como era de madrugada, os irmãos estavam dormindo e não viram o pedido de socorro. Eles só receberam a mensagem pela manhã, quando foram até a casa dela e a encontraram morta. 

- A Mariene sempre foi muito apegada a família. Ela não tinha filhos, mas os sobrinhos eram a paixão dela. Em casa, ela tinha um quarto só de brinquedos para eles se divertirem quando iam passear - relata André.

Além de trabalhar como vendedora, Mariene auxiliava na realização do evento Santa Maria em Dança. Conforme o coordenador do projeto e cunhado da vítima, Paulo Xavier, ela era apaixonada por dança e gostava de assistir às apresentações.

- Ela era uma pessoa muito correta. Ela nos contou que vinha sofrendo algumas ameaças recentemente, falamos para ela morar com algum familiar por um tempo, que era perigoso morar sozinha, mas como ela comprou a casa com muito esforço, não quis sair de lá. Era uma menina que tinha a vida toda pela frente, não entendo como alguém teve coragem de fazer isso com ela - afirma Rocha. 

*Colaborou Janaína Wille

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