cruz alta

Aulas são suspensas em escola após mãe agredir duas professoras a tapas e empurrões

da redação*

Um caso de agressão escolar gerou revolta entre os professores e alunos da rede municipal de Cruz Alta e um posicionamento oficial da Secretaria Municipal de Educação. Na quarta-feira, duas professoras foram agredidas dentro de uma escola do bairro Acelino Flores. Conforme a secretária de Educação do município, Elisabeth Dornelles, a mãe de um aluno chegou na instituição e agrediu fisicamente as duas funcionárias. Uma terceira professora, que está grávida, se trancou dentro de uma sala para não ser agredida. Em forma de protesto, as aulas na escola foram suspensas nesta quinta e sexta-feira.

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A secretária conta que, na terça-feira, houve a entrega dos pareceres do trimestre para os pais dos alunos. Nesse parecer, a direção havia feito um pedido para essa mãe acompanhar mais os estudos do filho, já que ele deixava de fazer algumas atividades de casa. A mulher não teria ficado satisfeita com o desempenho escolar da criança nem com o pedido da direção.

- Ela chegou na escola já agredindo as professoras que viu pela frente. Em nenhum momento quis dialogar. Tentamos acalmá-la, mas não adiantou. Felizmente, não aconteceu nada mais grave, e ela não chegou a agredir a professora grávida, que dá aula para o filho dela. Jamais imaginamos que algo assim pudesse acontecer na escola - relata Elisabeth.

Uma das professoras foi agredida com tapas e foi jogada no chão pela mãe, sofrendo escoriações. A outra, teve o cabelo puxado e o celular quebrado pela mulher. Ainda segundo a secretária, nenhuma se feriu gravemente, mas estão psicologicamente abaladas. A professora grávida, que não chegou a ser agredida, pediu licença médica e só voltará a dar aulas após a gravidez. 

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- Essas professoras estão lá prestando um serviço, ajudando essas crianças e, em troca, recebem um tratamento absurdo de uma mãe. É totalmente inadmissível. O exemplo deveria vir de casa, combatendo o uso da violência - afirma Elisabeth. 

As professoras receberam atendimento médico e, agora, receberão acompanhamento psicológico da prefeitura. Um policial deve permanecer no local pelos próximos meses para tranquilizar a comunidade escolar.

Ainda ontem, a diretora da escola registrou um boletim de ocorrência na delegacia. Conforme a delegada regional de Cruz Alta, Caroline Bamberg Machado, um inquérito sobre o caso está sendo instaurado. A mãe do aluno e algumas testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Se comprovado o fato, a acusada poderá ser responsabilizada por lesão corporal e ameaça. 

DIÁLOGO COM A COMUNIDADE
A escola, que atende crianças da pré-escola ao 5º ano do Ensino Fundamental, começou a funcionar há pouco tempo, ainda não foi inaugurada oficialmente e sequer tem nome definido. De acordo com a secretária, uma reunião foi marcada entre a comunidade escolar e moradores do bairro para definir ações de melhoria na segurança e conscientização da importância da instituição para os moradores.

- Todo o bairro sabe da importância da escola. Antes as crianças precisavam atravessar a cidade para estudar, agora há uma escola no quintal de casa. Os professores estão acuados, com medo depois do que aconteceu. Vamos nos reunir e dialogar com escola e bairro para evitar que todo o esforço feito na construção da escola seja perdido - destaca.

Em nota, a prefeitura repudiou a agressão:

*Colaborou Janaína Wille

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