investigação

Idoso alega que matou genro para defender filha

Michelli Taborda

Apresentou-se à Polícia Civil, na tarde desta terça-feira, o idoso de 75 anos suspeito de ter assassinado o genro, com um tiro, na noite da última quarta-feira, dia 27 de dezembro, em Santa Maria. Em depoimento ao delegado Gabriel Zanella, da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), Moacir Cardoso de Oliveira reafirmou a versão de que agiu em legítima defesa dele e da filha

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Segundo o idoso, a filha era casada há 23 anos com a vítima, Roberto Pires Pistoia, 53 anos, e as agressões eram recorrentes. Na noite do crime, o filho do casal, um adolescente de 15 anos, teria presenciado a briga entre os pais. Após ter sido agredida, conforme relatos do idoso, a mulher teria corrido em direção à casa do pai, que fica em frente a sua, pedindo socorro.

- Ela correu e gritou por socorro. Quando o pai abriu a porta de casa para saber o que estava acontecendo, viu que o genro segurava um facão. Nesse momento, ele temeu pela vida dele e da filha e, por isso, atirou. Segundo ele, foram mais de 20 anos ouvindo relatos da filha sobre as agressões, mas ele nunca interveio - comentou o advogado criminalista e responsável pela defesa do idoso, Tiago Souza.

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A mulher e o filho também prestaram depoimento à Polícia Civil e, segundo o delegado, confirmaram a versão de Oliveira. Nos próximos dias, outras testemunhas devem ser ouvidas pela DPHPP. A Polícia Civil tem o prazo de 30 dias para a finalização do inquérito, que começou a contar no dia do crime. Depois, o Ministério Público vai decidir pela denúncia ou pela absolvição do idoso. Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de legítima defesa.

- Para nós, não há nenhuma novidade nesse caso, que está bem esclarecido. Agora, vai depender do Poder Judiciário - afirmou Zanella.

O assassinato aconteceu por volta das 23h no Bairro Juscelino Kubitschek. Durante revista na residência do casal, facas, munições e duas armas de cano longo foram encontradas e apreendidas. Além disso, a mulher apresentava ferimentos no rosto, que seriam das agressões do marido.

O Diário tenta contato com os familiares de Pistoia, mas, até o momento, não teve nenhum retorno.

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