Caso Gabriel: Justiça mantém a prisão de policiais militares acusados de envolvimento na morte do jovem em São Gabriel


O Juiz Ham Martins Regis, da Vara Criminal de São Gabriel, manteve a prisão preventiva dos três policiais militares denunciados pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro. Ao analisar o pedido, o magistrado considerou que não identificou mudança na situação dos fatos nem nos motivos que justificaram a decisão pela prisão dos réus. A decisão saiu na tarde da última sexta-feira (16).


O processo tramita em segredo de justiça. Para Ham, a decisão se baseia na necessidade de garantia da ordem pública, pois, segundo ele, os fatores envolvendo o crime traduzem a gravidade da conduta dos acusados e também para não atrapalhar o processo, considerando a possibilidade de contato dos réus com eventuais testemunhas.


Os três policiais foram ouvidos na manhã da última terça-feira (13). 


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Próximos passos do processo


De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado (TJ), após os trâmites necessários, o processo será encaminhado para decisão do juíz, que vai definir se os réus irão ou não a júri popular. 


O que dizem as defesas


2° sargento Arleu Junior Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cleber de Lima são réus na Justiça comum por homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos desde 2022 no Presídio Militar em Porto Alegre. Para os advogados, não há mais motivos para mantê-los presos e que a inocência dos acusados será provada.


A advogada Rejane Lopes, que representa a família de Gabriel, se manifestou dizendo que o conteúdo das provas e depoimentos corrobora os termos da denúncia e que a acusação está convencida da responsabilidade dos réus pelo ocorrido, considerando-se o teor das provas produzidas e dos testemunhos prestados pelos acusados.


Relembre o Caso


Neste ano o caso completou dois anos. Gabriel foi encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé, zona rural de São Gabriel, em 19 de agosto de 2022. A prisão dos policiais foi decretada em 23/08/22. O jovem, de 18 anos, morador de Guaíba, estava na Fronteira Oeste para prestar serviço militar obrigatório. Segundo a denúncia, ele teria sido abordado por policiais e levado em uma viatura. Depois disso, Gabriel não foi mais visto com vida.


O laudo do exame de necropsia apontou que Gabriel morreu devido a uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por uma agressão, e que não havia indícios de afogamento.

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