PMs acusados da morte de Gabriel Marques Cavalheiro serão ouvidos nesta terça em São Gabriel

PMs acusados da morte de Gabriel Marques Cavalheiro serão ouvidos nesta terça em São Gabriel

Foto: Eduardo Ramos (Arquivo/Diário)

Os depoimentos iniciam às 9h30 desta terça, em São Gabriel.

Os três policiais militares acusados da morte de Gabriel Marques Cavalheiro prestam depoimento a partir das 9h30min desta terça-feira (13), no Fórum de São Gabriel. O 2° sargento Arleu Junior Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cleber de Lima são réus na Justiça Comum por homicídio triplamente qualificado. Na última segunda-feira (12), a morte do jovem completou dois anos.

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Segundo a advogada da família de Gabriel, Rejane Lopes, os interrogatórios foram reagendados devido às intensas chuvas e enchentes que afetaram o Estado do Rio Grande do Sul recentemente. 

Em nota, ela ainda diz que "família, amigos e a comunidade local aguardam por mais esclarecimentos sobre as circunstâncias daquele trágico dia, na esperança de que a justiça seja feita."

Acusações na Justiça Comum e Militar

Os policiais estão presos desde o dia 19 de agosto no Presídio Militar em Porto Alegre, onde respondem na Justiça Comum por homicídio triplamente qualificado. A denúncia foi feita pelo Ministério Público, que também denunciou o trio por ocultação de cadáver e falsidade ideológica na Justiça Militar.

Nesta esfera, apenas soldado Cléber Renato Ramos de Lima foi condenado a um ano de reclusão por falsidade ideológica. Foi ele o responsável por inserir informações falsas no boletim de atendimento da BM após o jovem ser encontrado. O soldado Raul Veras Pedroso e o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen foram absorvidos. O MP declarou que iria recorrer da decisão.

O caso

Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, desapareceu por volta da meia-noite do dia 12 de agosto de 2022, no Bairro Independência, em São Gabriel. Segundo o relato de uma moradora, ela teria chamado a Brigada Militar (BM) após o jovem ter forçado a grade da casa dela e tentado entrar no local. Os policiais foram até o endereço, abordaram, algemaram Gabriel e o colocaram no porta-malas da viatura. Depois disso, o jovem não foi mais visto.

O corpo de Gabriel foi encontrado no dia 19 de agosto, em uma barragem na região conhecida como Lava Pé. Os três policiais militares que abordaram o jovem foram presos na noite do dia 19 de agosto, e encaminhados ao Presídio Militar de Porto Alegre, onde estão desde então. O laudo do exame de necropsia apontou que Gabriel morreu devido a uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por uma agressão, e que não haviam indícios de afogamento.

Próximos passos

O caso está em fase de instrução, momento em que é realizada a oitiva de testemunhas, interrogatório dos réus e qualquer outro meio de produção de prova que o juiz julgar necessário. 

Mauricio Adami Custódio e Ivandro Bitencourt Feijó são responsáveis pela defesa do segundo-sargento Arleu Junior Jacobsen. "Convictos da inocência dele", os advogados afirmam que quem matou Gabriel está solto. Ainda segundo a defesa, Arleu acredita em Deus e, de uma ou outra maneira, "mentaliza a forma de fazer as pessoas acreditarem na sua inocência."  Leia mais aqui.

Já Vânia Barreto representa os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima. Segundo ela, os PMs têm convicção de que serão absolvidos, porque não mataram o jovem. Em entrevista ao Diário, ela conta que a vida da família dos acusados, que ainda residem em São Gabriel, é de "muito sofrimento." Leia mais aqui.





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