Caso Felipe Rita: um ano após crime, acusação aguarda análise de recurso no Tribunal de Justiça contra a ex-mulher da vítima

Caso Felipe Rita: um ano após crime, acusação aguarda análise de recurso no Tribunal de Justiça contra a ex-mulher da vítima

Foto: Mauricio Barbosa (Arquivo/Diário)

Na madrugada do dia 24 de abril de 2023, Felipe De Moraes Rita, na época com 38 anos, foi morto a facadas pelo namorado de sua ex-companheira, Elson Dias Gonçalves, no Bairro São João, em Santa Maria. Hoje, um ano depois, ninguém está preso pelo crime. Os dois acusados pelo homicídio são a ex-mulher da vítima, Ariane Sangoi, e o namorado dela na época, ​Elson Dias Gonçalves, que respondem em liberdade.


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Na época, Gonçalves alegou legítima defesa e afirmou que Rita havia invadido a casa de Ariane e teria ameaçado os dois. Mesmo assim, foi indiciado na época por homicídio duplamente qualificado


Ariane foi acusada pelo Ministério Público (MP) por dois crimes: omissão de socorro e favorecimento pessoal. A denúncia não foi aceita pela Justiça, e o MP recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), onde o processo tramita.



Na tarde desta quarta, o escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari, que atua como representante da família de Felipe Rita, pronunciou-se por meio de uma nota oficial, em que cobra justiça para a vítima e espera que o TJ-RS aceite a denúncia contra Ariane. A vítima trabalhava como autônomo, fazendo instalação de aparelhos de ar-condicionado. Confira a nota:


"O dia 24 de abril marca um ano da morte brutal de Felipe Rita. Desarmado, ele foi espancado e esfaqueado, aos 38 anos, no pátio da casa da ex-companheira, no bairro São João, em Santa Maria. O responsável pelo crime foi o então companheiro dela, que matou Felipe covardemente diante dos olhos da mulher. Ela nada fez para socorrer a vítima e ainda viabilizou a fuga do réu para que ele não fosse encontrado pelas autoridades. Entendendo a evidente participação da mulher nos fatos que deram causa à morte de Felipe, o escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari, que atua na assistência à acusação, encaminhou ao delegado responsável pelas investigações uma notícia-crime para que a ex-companheira da vítima fosse investigada. A partir daí, o Ministério Público a denunciou por dois crimes: omissão de socorro e favorecimento pessoal.

Somente assim, haverá possibilidade de que se faça Justiça, reestabelecendo a necessária paz à família de Felipe."

Autônomo Felipe de Moraes Rita, 38 anos, foi morto a facadas em maio de 2023 no pátio da casa da ex-companheira Foto: Reprodução


O que diz a defesa

Elson Dias Gonçalves e Ariane Sangoi são defendidos pelo advogado Christiano Pretto. Para a reportagem, o defensor explicou que o processo está no tribunal, protocolado pelo MP-RS e tem como objetivo que Ariane figure como ré junto ao Elson:

– Desde o momento da conclusão do inquérito policial, o Ministério Público tinha conhecimento do assunto, as circustâncias e não colocou a Ariane como ré. Estamos convictos de que a decisão (da Justiça não acatar a denúncia do MP) será mantida e que vai permanecer somente o Elson.


Ao Bei, Pretto havia informado, em outubro de 2023, que Gonçalves agiu em legítima defesa. Ainda não há data para o julgamento do réu.


Já a ex-mulher de Rita alegou, também em entrevista ao Portal Bei, em maio de 2023, que o crime foi "uma fatalidade". Ela disse que o ex-companheiro tinha "um ciúme doentio" e que ela não teria reagido no momento em que ele foi morto porque teria ficado em estado de choque. 

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