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Advogado afirma que motorista não teve intenção de atropelar PM em blitz

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Brigada Militar (Divulgação)

A defesa do jovem de 26 anos que atropelou um policial militar depois de furar uma blitz da Operação Balada Segura na Rua Tamanday, no dia 25 de agosto fez um pedido de habeas corpus na semana passada. Dilamar Vieira Borges teve a prisão preventiva decretada um dia após o fato e segue na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm). Na última segunda-feira, o Ministério Público (MP) o denunciou por cinco crimes.

No mesmo dia em que foi denunciado, a defesa de Dilamar mudou de representante. O advogado Wedner Lima assumiu o caso e ratificou o pedido de habeas corpus que já havia sido feito. Nesta quarta-feira, foi marcada a audiência de custódia de Dilamar para amanhã na 1ª Vara Criminal de Santa Maria. A defesa acredita que, entre 15 e 25 dias, aconteça a análise do habeas corpus. Ainda segundo a defesa, Dilamar ainda não recebeu a citação da denúncia.

- Assim que eu verificar no sistema que está positivo, temos 10 dias para apresentar a defesa, já estou trabalhando em cima. A ideia é apresentar na segunda ou terça-feira da próxima semana - afirmou o advogado Wedner Lima.

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ARGUMENTOS DA DEFESA
A principal tese da defesa é a ausência de dolo (sem a intenção de ter atropelado o policial), ao contrário do que o MP aponta na denúncia. Para o advogado de Dilamar, a denúncia como tentativa de homicídio com dois qualificadores (por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ser contra policial o que torna o crime hediondo) foi uma surpresa.

- Entendemos que a denúncia é um pouco pesada de certa forma, tendo em vista as circunstâncias do fato ocorrido. Mas também, principalmente, com uma análise que eu fiz em relação a toda prova testemunhal que se tem até então nos autos desta fase de inquérito. As testemunhas ainda não foram ouvidas em juízo, mas já se tem uma certa divergência em depoimentos. Todas testemunhas estão na mesma circunstâncias de fatos, mas algumas estão falando de situações totalmente diferentes - explicou Lima.

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Segundo o advogado, a principal divergência nos depoimentos são acerca do momento em que o carro teria atingido o PM.

- O Dilamar é bem enfático em relação a isso. Ele conta que não viu o policial e, se tivesse visto, não seria essa ação que teria feito. Uma das testemunhas diz que o policial pula em frente ao veículo. O Dilamar não teve intenção nenhuma de matar este policial que estava em serviço - conta o advogado.

O CASO
Depois de ter sido atingido pelo carro, o policial sofreu uma fratura complexa no pé direito, na altura do tornozelo, que, possivelmente, deixará sequelas. Conforme o advogado Thiago Carrão, Luís Henrique Santos Borba, 34 anos, já passou por duas cirurgias e deverá ser submetido, ainda, a novas intervenções cirúrgicas. Ele também teve vários ferimentos pelo corpo.

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O PM segue internado no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, e ainda não há previsão de alta. Com auxílio da família, Borba lançou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para ajudar o PM a custear a internação.

*Colaborou Leonardo Catto

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