Acusado de atos neonazistas é condenado a cinco anos de prisão

A Justiça de Tramandaí condenou Israel Fraga Soares, 24 anos, acusado de divulgar o nazismo, praticar atos racistas, além de ameaçar por e-mail uma vereadora do Rio de Janeiro. Ele foi condenado a pena de cinco anos, seis meses e 27 dias de prisão no regime semiaberto. Israel, que está preso preventivamente desde 2022 na Penitenciária Modulada Estadual de Osório, permanece recluso.


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A decisão foi proferida na última sexta-feira (11) pelo juiz Michael Luciano Vedia Porfirio que, após a oitiva de testemunhas e análise de documentos, como o relatório de extração dos dados armazenados nos aparelhos apreendidos, considerou comprovada a autoria dos crimes.

 

— Ao contrário do que alegado pelo réu, portanto, após minuciosa análise do arcabouço probatório, observa-se que o sentenciado tinha como pretensão difundir suas ideias, praticando e alicerçando um discurso de ódio, discriminando pessoas em razão da cor, raça, etnia, orientação sexual e identidade de gênero. Nesse enfoque, o racismo e a homofobia são duas das discriminações mais odiosas e intoleráveis da sociedade. A gravidade é patente e os efeitos psicológicos são nefastos para as vítimas — disse o magistrado.


O caso

Conforme denúncia do Ministério Público, em janeiro de 2023, o acusado promovia o nazismo ao veicular objetos que utilizavam a cruz suástica/gamada.



Além disso, Israel teria encaminhado por e-mail vídeos intimidatórios para uma vereadora do Rio de Janeiro. Em um deles, era possível ver ao fundo um cartaz com uma cruz suástica. Na sequência, ele ateia fogo em uma folha com a imagem impressa da bandeira LGBTQIA+, que representa o movimento pelo respeito à diversidade sexual. Israel também aparece gesticulando saudações nazistas.


Em janeiro de 2022, Israel teria encaminhado novamente para a parlamentar, além da fotografia de uma arma de fogo, munições e um vídeo em que ateou fogo em imagens de George Floyd, homem negro que foi assassinado durante abordagem policial nos Estados Unidos.


*Com informações do TJRS  

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