"É o primeiro caso de fuga de um preso da Polícia Civil", diz delegado regional sobre suspeito de violência doméstica que escapou da DPPA de Santa Maria

Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

Celas da DPPA funcionam junto ao Ciosp, na Avenida Medianeira, em Santa Maria

O jovem que fugiu algemado da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Maria após registro de ocorrência por violência doméstica, na manhã de domingo (2), segue foragido até a noite desta terça-feira (4). A informação foi confirmada pelo delegado regional da Polícia Civil Sandro Meinerz.


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Conforme o delegado, as algemas foram localizadas na segunda-feira (3) dentro de uma lixeira, na região central da cidade. O local exato não foi divulgado.


– Já foram feitas buscas pelo suspeito, inclusive logo depois da fuga. Mas ele ainda não foi encontrado – informa Meinerz.


O delegado diz que, em média, passam 120 presos por mês nas celas da DPPA, que fica junto ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Seriam mais de 1, 5 mil por ano. E é um movimento intenso, diariamente: 


– É o primeiro caso de fuga de um preso da Polícia Civil na delegacia. Todos que são presos são levados para lá, e quem realiza o encaminhamento até o presídio somos nós. Isso nos chamou muito a atenção. 


Em decorrência do fato, Meinerz afirma que serão revistos protocolos e uma sindicância será aberta para verificar a responsabilidade dos agentes, se houve falha deles ou de outra questão protocolar. 


– O objetivo maior é recapturar esse rapaz. Infelizmente, ainda não foi possível. Seguiremos nas buscas para localizá-lo - garante.


Relembre o caso

O jovem de 27 anos fugiu na manhã de domingo (2), após um registro de violência doméstica contra a sua companheira, de 26, e o filho do casal, um bebê de 2 meses de idade. 


De acordo com a ocorrência, na madrugada de domingo, o casal havia ido para uma festa de Carnaval em um clube na cidade e retornou para casa horas depois, no Bairro Nova Santa Marta. Ao irem para o quarto, a moça pegou o bebê e o colocou em cima da cama, ao lado do jovem. Nesse momento, o homem teria colocado o braço em cima do bebê, que ficou "se remexendo" com o peso imposto. Ao ser questionado pela companheira por quais motivos teria feito isso, o jovem, que estaria embriagado, teria iniciado uma discussão.


Além das ofensas verbais, o jovem teria dado socos na companheira e apertado o seu pescoço. A vítima, que segurava o bebê chorando, teria gritado pedido por socorro. Mãe e filho foram socorridos pelos vizinhos, que acionaram a polícia. 


A Brigada Militar teriam atendeu ocorrência e levou o casal à DPPA,
 na Avenida Medianeira, para o registro da ocorrência. Já na delegacia, o autor das agressões estaria bastante alterado, enquanto a vítima teria sido levada para a Sala das Margaridas, local especializado para atendimento às vítimas de violência doméstica.


Após o registro da ocorrência e a solicitação de medida protetiva, a mulher foi liberada e teria retornado para casa. Já o suspeito, que recebeu voz de prisão, foi conduzido para uma cela da DPPA por um policial civil. Nesse momento, ainda com algema em uma das mãos, ele teria conseguido escapar e fugir da delegacia.


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