obituário

Morreu o funcionário público Adão Arlindo Monteiro da Cunha


O funcionário público municipal aposentado Adão Arlindo Monteiro da Cunha, 78 anos, era santa-mariense de nascimento e de coração, criado no Bairro Patronato, onde viveu por mais de 50 anos. Do casamento de mais de três décadas com Arlete Rossato, 61 anos, Adão Arlindo teve o filho Leandro Cunha, 28 anos. Do primeiro casamento, com Jacy Nunes da Cunha, falecida, teve os filhos Ângela da Rosa, 61, Aldo da Cunha, 54, Alfredo da Cunha, 52, Hamilton da Cunha, 51, e Ana Lúcia Massirer, 49.

No dia a dia, não dispensava uma boa conversa em família e as notícias da cidade. Tinha, na pescaria, a melhor maneira de descansar. Para ele, os momentos à beira do rio eram o melhor jeito de aproveitar a natureza.

Bom vizinho, gostava de estar entre os amigos e de um bom chimarrão ou cafezinho à tardinha. Esses pequenos prazeres eram certos, principalmente se estivesse cercado pelos animais de estimação.

Na área de casa ou à sombra de uma árvore, esperava os filhos para trocarem conselhos e compartilhar sentimentos. Apesar de nunca ter aprendido a dirigir um carro, Adão Arlindo passeava por toda Santa Maria no meio de transporte que escolhera: a velha charrete, conduzido pela égua Baia, que já o conhecia só pelo olhar.

Apaixonado por animais, desfrutava com muita alegria a companhia dos cuscos Bolinha, Jade, Tininha, Pinguinho, Norita, focos do seu amor e cuidado. Quando jovem, trabalhou por muitos anos no Cemitério Municipal, na função de serviços gerais. Na velhice, dedicava-se a outra paixão: as pequenas hortas que tinha no quintal. Eram duas. No dia a dia, estava sempre mexendo na terra e cultivando hortaliças. Para Arlete, fica a saudade das conversas e da companhia quieta, mas muito terna, do marido.

- Ele fazia questão de estar bem informado. Levantava cedo para ouvir as notícias do Schmitão, na rádio Imembuí. Ao longo do dia, acompanhava todos os noticiários da televisão e do rádio. Conhecemo-nos no Bairro Patronato, quando eu lavava roupas para ele. Atualmente, morávamos no Prado. Éramos só nós dois em casa. Vou sentir muito a ausência dele - diz Arlete.


Um pai amoroso, dedicado, pronto para ouvir e preocupado com a felicidade dos filhos. É assim que a filha Ana Lúcia vai lembrar de Adão Arlindo, torcedor fanático do Grêmio. Para ela, fica a saudade da presença quieta e forte de alguém que tanto a ensinou. Adão Arlindo e a primeira esposa, Jacy, eram separados há quase quatro décadas, mas nunca deixaram de ser amigos. Segundo Ana Lúcia, eles eram exemplo de uma amizade que consegue superar as diferenças.

- Há oito meses, perdi a minha mãe. Mesmo separados há muito tempo, meus pais eram amigos. Nossas famílias conviviam, gostavam de estar junto. Ficamos agora com as lembranças e com a convicção de que ele gostaria que seguíssemos em frente. Para nós, a saudade será eterna - conclui Ana Lúcia.

Ana Lúcia diz que a melhor maneira de guardar a memória do pai é continuar cuidando do que ele mais gostava: a família, as plantas e os animais. De acordo com a filha, a família reunirá forças para levar adiante tudo o que era importante para ele. Adão Arlindo morreu no dia 24 de abril, no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em consequência de uma infecção respiratória. Ele foi sepultado no mesmo dia, no Cemitério Ecumênico Municipal.

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