Morreu Maria de Lourdes da Silva Azzulin

Na arte de costurar, Maria de Lourdes da Silva Azzulin encontrou ofício e paixão. Amorosa, não achava nada difícil se o objetivo fosse o bem-estar da família. Viúva desde 2014 do chapeador Almerindo Pedro Azzulin, viveu no casamento de 56 anos uma relação de amor e companheirismo que serviu de exemplo para os filhos, Vera Jussara Camponogara, 60, Edson Francisco Santos Azzulin, 55 anos, e Eloisio Marion Santos Azzulin, 54 anos. Ela também foi mãe de Joelzir Odenis, que morreu aos 3 meses de idade. Maria de Lourdes era avó de quatro netos, Diego, Guilherme, Matheus e Julia.

Até os 17 anos, ela morava na Colônia Conceição, interior de Santa Maria. Com intuito de se especializar em costura, mudou-se para a cidade. O interesse dela por linhas e agulhas fez com que a mãe a incentivasse a se aprimorar na profissão. Assim, incentivada pela família, abraçou a arte que lhe deu sustento e muitas realizações. Com uma tia, em Santa Maria, aprendeu as técnicas da profissão que exerceu por 43 anos. Dedicada e extremamente caprichosa, costurou para alfaiatarias e para centenas de clientes particulares, que sempre a elogiavam pela pontualidade e perfeição a cada peça que entregava.

De acordo com a filha Vera, a perda do marido causou sérias consequências à saúde de Maria de Lourdes. Logo que ficou viúva, a costureira teve uma depressão muito forte. Com a gravidade da doença, por um período, perdeu os sentidos e os movimentos. A filha conta que Maria e Almerindo foram grandes exemplos de vida a dois. Companheiros e cuidadosos um com o outro, não economizavam gentilezas e palavras de afeto no dia a dia. Vera diz que cada dia com eles foi um aprendizado de ternura e força para viver.

- A mãe adorava nos contar como os pais dela se conheceram. Foi em um navio, quando vinham da Espanha. O vô, brasileiro, voltava da Europa. Ela, espanhola, vinha tentar a vida aqui. Apaixonados, nunca mais se separaram. Para os meus pais, levar esse legado adiante foi missão de vida. Na casa deles, havia um quadro na sala com a foto e uma linda declaração de amor dos meu avós - emociona-se Vera.

Aproveitar os bons momentos da vida também era prioridade para Maria de Lourdes. Brincalhona e sempre disposta, fazia questão de ir a bailes com o marido e viajar com a família. Os acampamentos na praia do Cassino ficarão para sempre nas lembranças da filha.

- A mãe ensinou a gente a aproveitar as coisas simples da vida. Tudo era motivo para estarmos juntos. Pegar a estrada, montar barracas e se divertir era a marca dela. Cada viagem, cada carinho e cada refeição preparada por nossa mãe ficarão para sempre em nossas melhores lembranças - emociona-se a filha.

Empresário, Edson diz que a mãe tinha todas as virtudes que uma pessoa maravilhosa pode ter. Ele sempre vai lembrar da devoção religiosa e da época em que ela ia, todas as noites, ao quarto dos filhos para abençoar um por um. Para ele, Maria tinha todos os atributos que uma boa mãe tem.

- Na cozinha, era especialista. Nos conselhos, de uma sabedoria indescritível. Sou feliz por ter tido a oportunidade de cuidar de uma mãe que tanto nos ensinou - afirma o filho.

Em decorrência de complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), aos 81 anos, Maria de Lourdes da Silva Azzulin faleceu no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Ela foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Ecumênico.

Falecimentos em Santa Maria e na região

Funerária São Martinho

25/06
Tereza Pereira Vieira, aos 76 anos, foi sepultada no cemitério de Caemborá

26/06
Irma Correa de Macedo, aos 99 anos, foi sepultada no cemitério de Catuçaba
Silvio Charão Antunes, aos 75 anos, foi sepultado no Crematório Santa Rosa
Gilvane Leal Pinto, aos 48 anos, foi sepultado em Dilermando de Aguiar

28/06
Padre Pedro Luiz Trevisan, aos 93 anos, foi sepultado em Vale Vêneto, São João do Polêsine
Adão Silva Araújo, aos 68 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria

29/06
Ivo Reni Kersting, aos 79 anos, foi sepultado no Crematório Santa Rosa
Luana Menegaes Machado, aos 25 anos, foi sepultada em Colônia Pena

30/06
João Alberto Soares Fontoura, aos 61 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria
Doir Noronha, aos 75 anos, foi sepultado no Cemitério Santa Rita