Morreu a doméstica e cozinheira Lorena de Lima Pavão

Foto: Arquivo Pessoal

Lorena de Lima Pavão, 86 anos, nasceu na zona rural de Dilermando de Aguiar. Ela era a mais velha de 11 irmãos. No final dos anos 1950, Lorena se mudou para Santa Maria. Em 1953, ela se casou com Antonio Carlos Pavão, que faleceu apenas cinco anos depois do casamento.

Mesmo diante da perda do marido, Lorena não se abateu e enfrentou desafios com vigor e alegria. Trabalhando como doméstica e cozinheira, ela criou os filhos Maria Lenir, 65 anos, Maria Leir, 63 e Edson, 61. Dos filhos, ela ganhou 12 netos e 13 bisnetos.

Na comunidade de Santa Maria, ela se destacou por ter facilidade em fazer amizade. Conforme conta a filha Maria Lenir, a mãe tinha muitos amigos e se dedicava a ajudar o próximo:

- Ela foi uma mulher batalhadora. Dos filhos, além de uma ótima mãe, foi uma grande amiga. Nunca deixou de nos estender a mão

A filha acrescenta que, quando não estava trabalhando, a mãe gostava de olhar televisão, fazer crochê e de visitar os familiares.

Foto: Arquivo Pessoal

Para a filha Maria Leir, com quem Lorena morava no Bairro Noal, ficam as lembranças de uma mãe rigorosa, que sempre primou em dar uma boa educação aos filhos:

- Minhas amigas chegavam a comentar que pela minha condição social, eu tinha uma ótima educação. Além de ser rigorosa neste aspecto, a mãe era amorosa com todos. Eu adorava abraçá-la e enchê-la de beijos. A saudade já é imensa.

A neta Clarissa Pavão Rehbein, 35, fala que a avó tinha uma rotina atarefada, visto que trabalhava fora e cuidava do lar. Entretanto, segundo a neta, Lorena nunca deixou de dar atenção aos netos:

- A relação dela com a família era maravilhosa. Como morávamos perto uma da outra, estávamos sempre juntas. Ela foi uma avó prestativa e cuidadosa, que nos ensinou a valorizar a vida, os amigos e a família.

Em 25 de maio de 2019, Lorena de Lima Pavão morreu vítima de um tumor no estômago, três meses após descobrir a doença. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.