Foto: Arquivo Pessoal/
Nascida em Santa Maria, Emyr Barcellos, 95 anos, era filha única de Genny Rechden e Bechara Rechden, falecido antes dela nascer. Sempre com a mãe, ela cresceu cercada do amor dos avós e dos tios. Formada professora pela Escola Professora Maria Rocha, Emyr não chegou a exercer a profissão, mas teve intensa atuação no comércio da terra natal.
Em 1946, ela se casou com o caixeiro viajante Luiz Victorino do Prado Barcellos, falecido. O casal teve quatro filhos, Ricardo, 70, Glorocinto, 69, Tomaz, 64, e Martha, 60, e oito netos e seis bisnetos.
Emyr e Luiz Victorino moraram em Vacaria e em Pinhal, mas foi em Santa Maria que fixaram residência. Da arte do bordado e costura, entre outros dons que herdou da mãe, ela criou oportunidades de negócio. Com um empreendimento especializado em enxovais bordados à mão, Emyr empregou inúmeras bordadeiras.
Na década de 1969, com Geny, ela gerenciou a boutique Anne e Martha, então localizada no Edifício Taperinha.
De acordo com Ricardo, Emyr comprava os tecidos e desenhava muitas peças:
- Ela influenciou a moda feminina em Santa Maria. Meu pai vendia os lençóis, inclusive, para lojas de outras cidades. Minha mãe foi exemplo de empreendedora.
Foto: Arquivo Pessoal
Em entrevista ao Diário, em 2017, Emyr mencionou que gostaria de deixar um legado de carinho, responsabilidade e de união à família. Segundo ela, a maior herança de alguém é respeito e trabalho.
Para Tomaz fica a lembrança de uma pessoa querida por todos:
- A mãe era extrovertida e amorosa. Ela nos deixou um legado de amor e ética.
Para Martha, Emyr foi exemplo de elegância, não somente no aspecto físico, mas na maneira de conduzir a vida:
- Ela tinha serenidade para encarar desafios e muita alegria de viver. Mesmo doente, a mãe não se queixava da dor.
Emyr Barcellos morreu em 7 de junho, vítima de complicações no sistema circulatório. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.