nas alturas

VÍDEO: veja como é a colocação da bandeira no topo de um dos prédios mais altos de Santa Maria

18.398

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
No alto do prédio da Cacism, Diogne trabalha na fixação da bandeira

Abaixo, Santa Maria. Acima, apenas o céu. Em um dos pontos mais altos na cidade, a bandeira do Brasil tremula há mais de 25 anos. Às vésperas do Dia da Independência, o pendão da esperança, localizado no topo do Edifício Cirilo Costa Beber, o popular prédio da Cacism, no Centro, foi renovado e substituído.

Na sexta, a mais de 50 metros de altura, o Diário acompanhou a colocação da bandeira que pode ser vista de praticamente todos os pontos da cidade e é uma referência para quem olha para o alto nas ruas centrais. Em tempos de pandemia, quando as tradicionais comemorações e desfiles de 7 de Setembro não podem ocorrer, as bandeiras são as amostras silenciosas do patriotismo mais evidentes nesta época. Conforme a Constituição, no artigo 13, a bandeira é símbolo da República Federativa do Brasil.


Desde 2013, a retirada e colocação da bandeira do topo do prédio da Cacism é de responsabilidade do bombeiro Diogne Oliveira, 35 anos, proprietário da WaterFire. Junto do colega Fabiano Nágera de Lima, 40, ele encara o desafio que pode parecer impensável para quem tem medo de altura. Do 9º andar, uma escadaria leva ao 10º. Por uma saída para o telhado, é necessário subir uma escada vertical para chegar ao teto do prédio. Até a bandeira, é preciso ainda escalar mais uma escada. No patamar mais distante, há um mastro em formato de cone. Dali, é possível ter uma visão quase completa da cidade, rodeada por morros.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Cordas, ganchos e cintos garantem a segurança no topo

Ali, a preocupação maior é com a segurança. São pelo menos 10 minutos até vestir todo o equipamento necessário, entre cordas, cintos e ganchos. A bandeira, de 5 metros de largura por 3 metros de altura, é cuidadosamente levada ao mastro. Qualquer descuido, o pano pode ser levado pelo vento, que é bem mais forte ali, em uma das áreas mais altas da cidade e sem barreiras naturais ou artificiais por perto. No topo, Diogne prende, ponto a ponto, o pano ao mastro, que finalmente é erguido por uma manivela presa a um cabo de ferro. 

- Sempre dá um frio na barriga, uma emoção e uma gratificação de estar olhando de forma diferente a cidade - diz Diogne

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Momento da preparação antes da colocação da bandeira

Com a bandeira tremulando ao vento, a descida e a retirada dos equipamentos é feita com o mesmo cuidado. O processo dura de 30 a 45 minutos.

A BANDEIRA
Conforme o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria, Luiz Fernando do Couto Pacheco, a bandeira nacional fica no topo do prédio há cerca de 25 anos. É comum, com dias de vento forte, que o pano da bandeira rasgue. Por isso, constantemente é necessário um serviço de manutenção, realizado por uma empresa da região metropolitana, e é comum que a bandeira seja retirada por curtos períodos, o que gera comentários e reclamações de pessoas que telefonam e mandam e-mails para a entidade. Por ano, a bandeira é substituída, em média, quatro vezes. Cada novo exemplar custa em torno de R$ 4 mil. Com a pandemia, o serviço ficou prejudicado e por pouco que a bandeira não foi hasteada para o dia 7 de setembro. O serviço foi realizado na última sexta-feira pela manhã, em um dia de céu limpo e poucas nuvens.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

- É um período que aflora ainda mais o sentimento de patriotismo, e bandeira caracteriza muito nosso amor pelo país. Mais do que nunca, talvez esse seja o período do ano mais importante para a gente ter essa referência em cima do prédio - comenta Pacheco.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Visão do topo do prédio da Cacism

A bandeira do Brasil permanece no topo do prédio até a próxima semana, quando será substituída pela do Rio Grande do Sul, em comemoração a Semana Farroupilha.

* colaborou Felipe Backes

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Entre agulhas e linhas, eles tecem histórias

Próximo

Comércio e shoppings não abrirão nesta segunda-feira em Santa Maria

Geral